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CEOs evitam declarações para não desagradar o presidente dos Estados Unidos

Executivos de grandes empresas nos EUA adotam cautela ao abordar tarifas sobre mercadorias chinesas, temendo reações do governo.

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Executivos de grandes empresas nos EUA estão adotando uma abordagem cautelosa ao discutir o impacto das tarifas sobre mercadorias chinesas. As tarifas, que podem chegar a 30%, têm gerado preocupações sobre os custos e lucros, levando as empresas a considerar aumentos de preços. No entanto, a administração atual não está disposta a aceitar essa justificativa.

Recentemente, durante uma chamada de resultados, Doug McMillon, CEO da Walmart, agradeceu pela redução das tarifas, mas alertou que a empresa não conseguiria absorver toda a pressão financeira. Em resposta, a administração expressou descontentamento, afirmando que a Walmart deveria arcar com os custos. Essa situação reflete um clima de tensão entre o setor privado e o governo.

Cautela nas Comunicações

Os líderes corporativos estão se adaptando a um ambiente onde a política influencia diretamente os negócios. Especialistas em comunicação de crise destacam que os executivos precisam ser cuidadosos ao abordar o tema das tarifas, evitando termos que possam irritar a administração. A estratégia inclui o uso de eufemismos, como “custo de origem” em vez de “tarifa”.

A fabricante de brinquedos Mattel também enfrentou repercussões após anunciar aumentos de preços devido às tarifas. O CEO da empresa, Ynon Kreiz, foi criticado publicamente, e o governo ameaçou impor tarifas ainda mais altas sobre seus produtos. Essa pressão tem levado os executivos a se manifestarem de maneira mais sutil em suas comunicações.

Impacto no Setor Varejista

O setor varejista é particularmente vulnerável às tarifas, dado que muitas empresas dependem de importações da China. Executivos têm sido questionados sobre como as tarifas afetam seus negócios, mas muitos evitam discutir aumentos de preços abertamente. Brian Cornell, CEO da Target, afirmou que o aumento de preços é o “último recurso”, refletindo a hesitação em abordar o tema diretamente.

Analistas acreditam que essa cautela é motivada pelo receio de represálias. David Swartz, analista da Morningstar, observa que os executivos estão evitando se posicionar sobre as tarifas, tratando-as como um fato a ser administrado. Essa abordagem visa proteger as empresas de possíveis reações adversas da administração.

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