23 de mai 2025




Mercado critica aumento do IOF e alerta para impactos na economia e no crédito
Governo brasileiro eleva alíquotas do IOF, impactando crédito e investimentos. Economistas alertam para riscos à economia e ao setor produtivo.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Mercado critica aumento do IOF e alerta para impactos na economia e no crédito
Ouvir a notícia
Mercado critica aumento do IOF e alerta para impactos na economia e no crédito - Mercado critica aumento do IOF e alerta para impactos na economia e no crédito
O governo brasileiro anunciou um aumento significativo nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com o objetivo de aumentar a arrecadação federal. A medida, que impacta diretamente o custo do crédito e as condições de investimento, gerou forte reação negativa entre economistas e analistas do mercado.
As novas alíquotas, que entram em vigor imediatamente, elevam a taxa de crédito de 0,38% para 0,95% na contratação, além de aumentar a alíquota diária de 0,0041% para 0,0082%. Para aportes em previdência, a alíquota passa a ser de 5% para valores acima de R$ 50 mil. Especialistas alertam que essas mudanças podem desestimular investimentos e dificultar o acesso ao crédito, especialmente para pequenas e médias empresas.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, critica a decisão, afirmando que o aumento do IOF compromete a confiança do mercado. Ele sugere que o governo deveria focar na revisão de gastos públicos em vez de aumentar impostos. Volnei Eyng, CEO da Multiplike, destaca que a medida encarece o custo do capital e pode limitar o crescimento das empresas.
Reações do Mercado
A reação do mercado foi imediata, com ações de empresas de varejo caindo na B3. Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, enfatiza que o aumento do IOF pode sufocar o setor produtivo e afastar investimentos de longo prazo. Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital, critica a transferência da carga tributária para quem produz, o que pode prejudicar a economia.
O aumento do IOF também afeta operações de câmbio, que agora pagam uma alíquota de 3,5%, elevando os custos para empresas que dependem de transações internacionais. A medida, embora justificada como necessária para o ajuste fiscal, levanta preocupações sobre seus efeitos inflacionários e sobre a atividade econômica em geral.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.