Empresas asiáticas buscam expansão global após desafios nos EUA, afirma Alibaba

O presidente da Alibaba, Joe Tsai, destacou oportunidades de crescimento para empresas asiáticas na Ásia e na Europa, em meio às tensões entre os Estados Unidos e a China. Durante a conferência de tecnologia Beyond Expo, em Macau, Tsai criticou indiretamente a administração Trump, afirmando que "alguns governos tentam destruir a ponte que construímos entre a Ásia e o resto do mundo".

Tsai enfatizou a interação empresarial entre países do Leste Asiático, Sudeste Asiático e Sul da Ásia, além de considerar a Europa como uma "oportunidade incrível" para as empresas da região. As operações da Alibaba têm enfrentado desafios devido a essas tensões, refletidos na queda das ações da empresa após reportagens sobre um possível acordo entre a Apple e a Alibaba na área de inteligência artificial.

A Apple não se manifestou oficialmente sobre o acordo, que poderia ser uma vitória significativa para a Alibaba. O presidente da empresa confirmou a colaboração, mas não detalhou se seria a fornecedora exclusiva de IA para a Apple na China. A parceria com uma empresa local é crucial para a Apple, que enfrenta concorrência crescente de marcas como a Huawei, que já oferecem smartphones com inteligência artificial.

Impactos das Tensões Comerciais

As operações de e-commerce da Alibaba também foram afetadas pela decisão do governo Trump de eliminar isenções tarifárias que beneficiavam pequenos pacotes enviados da China para os EUA. Os resultados financeiros recentes da Alibaba geraram preocupações entre investidores, que temem que a empresa não consiga superar a estagnação econômica da China.

Apesar dos desafios, Tsai defendeu as perspectivas da Alibaba, afirmando que a empresa está "em um caminho muito bom". Ele reiterou o foco em comércio eletrônico e inteligência artificial, destacando a rápida evolução da empresa nesse setor. Desde o surgimento do DeepSeek, a Alibaba tem lançado produtos de IA em ritmo acelerado, incluindo o modelo Qwen3, que promete rivalizar com os melhores do mercado.

A liderança de Tsai e do CEO Eddie Wu tem sido fundamental na reestruturação da empresa, que busca redirecionar investimentos e acelerar a venda de ativos não essenciais para financiar novas iniciativas e expansão internacional.