27 de mai 2025
Credores da Intercement pedem auditoria ao TCU e alertam sobre riscos ao Banco do Brasil
Credores da Intercement pedem auditoria ao TCU, alertando sobre perdas de R$ 219 milhões ao Banco do Brasil na reestruturação da dívida.
Cimenteira tem dívida de cerca de R$ 11 bilhões. (Foto: Ben Nelms/Bloomberg)
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Os detentores de títulos da dívida externa da Intercement solicitaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria da proposta de reestruturação da empresa. O pedido, feito em 1º de maio, aponta que a reestruturação pode resultar em perdas de R$ 219 milhões ao Banco do Brasil, aumentando a pressão sobre a instituição.
A proposta de reestruturação da Intercement, controlada pela família Camargo Corrêa, surge após a empresa ter declarado inadimplência de US$ 750 milhões em títulos da dívida externa. O banco ainda não se posicionou oficialmente sobre a proposta, que será discutida em uma reunião marcada para 5 de junho. A Intercement e sua holding, Mover, afirmaram desconhecer os documentos que pedem a auditoria e destacaram que os pleitos dos credores foram indeferidos pelo Judiciário.
Os credores, incluindo a Moneda Asset Management e a Redwood Capital, alegam que a proposta de consolidação da dívida de R$ 11 bilhões da Intercement com os R$ 3,2 bilhões da holding Mover prejudicaria a recuperação de seus créditos. Um juiz já aprovou a consolidação, mas os detentores dos títulos insistem que a dívida da holding deve ser paga antes das demais.
A holding Mover, também em recuperação judicial, deve R$ 3,2 bilhões ao Banco Bradesco. Os detentores dos títulos querem que a família Camargo Corrêa venda ações da Motiva, sua empresa de infraestrutura, para quitar essa dívida. Em vez disso, a família propõe emitir notas preferenciais da Intercement, que teriam prioridade sobre outras dívidas. A situação continua tensa, com a auditoria solicitada sendo um novo obstáculo nas negociações entre credores e a cimenteira.
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