28 de mai 2025
ASML perde mais de R$ 130 bilhões com restrições de exportação para a China
ASML enfrenta queda de valor de mercado, mas analistas projetam recuperação com crescimento em 2025 e 2026 e preço alvo de € 779.
Um ícone da ASML é exibido em um smartphone, com um chip da ASML visível ao fundo. (Foto: Nurphoto)
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ASML, uma empresa fundamental na cadeia de suprimentos de semicondutores, perdeu mais de US$ 130 bilhões em valor de mercado em menos de um ano. Essa queda se deve a restrições de exportação para a China e incertezas sobre tarifas dos Estados Unidos. As ações da companhia, que alcançaram um pico histórico de mais de 1.000 euros em julho do ano passado, fecharam a terça-feira com uma capitalização de mercado de cerca de 297 bilhões de dólares.
A pressão sobre as ações de ASML reflete um cenário volátil para as empresas de semicondutores, exacerbado pelas restrições de exportação dos EUA e pelas ameaças de tarifas. O chefe de pesquisa de ações da ODDO BHF, Stephane Houri, afirmou que todas as fabricantes de equipamentos do setor estão enfrentando dificuldades devido a essas incertezas. Houri também levantou preocupações sobre o investimento excessivo em inteligência artificial e a demanda abaixo das expectativas.
Perspectivas de Crescimento
Apesar das dificuldades atuais, analistas mantêm uma visão otimista sobre ASML. A empresa tem um preço-alvo de 779 euros, o que representa um potencial de valorização de 17% em relação ao preço atual. Em uma reunião recente, analistas do Wells Fargo destacaram que a ASML continua positiva em relação às oportunidades de crescimento em 2025 e 2026, especialmente com empresas como Samsung e Intel investindo em ferramentas de fabricação de chips de próxima geração.
ASML é reconhecida como a única fabricante mundial de máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV), essenciais para a produção dos chips mais avançados. No entanto, a empresa não conseguiu vender suas máquinas mais sofisticadas para a China, limitando suas vendas nesse mercado. O CEO da ASML, Christophe Fouquet, previu que a participação da China em seus negócios será menor em 2025 do que nos anos anteriores.
A incerteza em torno das tarifas e do comércio global continua a impactar o setor de semicondutores, mas um possível acordo entre os EUA e a Europa pode trazer alívio para os investidores.
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