Magrathea inicia produção de magnésio a partir do mar com emissão zero de carbono

A empresa Magrathea, com sede na Califórnia, ativou um novo eletrólito que transforma água do mar em magnésio com emissões líquidas zero. A tecnologia pode revolucionar a produção do metal, amplamente utilizado em veículos e aplicações de defesa. A planta de demonstração será construída em Utah até 2027, com um acordo prévio firmado com uma montadora de grande porte.

Atualmente, a China domina a produção de magnésio, respondendo por cerca de 95% do suprimento global. O método tradicional gera altas emissões de gases de efeito estufa. A abordagem da Magrathea moderniza o uso de eletrólitos, permitindo a produção de magnésio de forma mais sustentável. O processo começa com a extração de cloreto de magnésio da água do mar, que é então processado em um eletrólito aquecido a 700 °C.

A Magrathea utiliza um método flexível, permitindo que a empresa opere o eletrólito a temperaturas superiores ao necessário, aproveitando o calor extra para secar o sal de magnésio. Isso possibilita a utilização de eletricidade em momentos de menor custo e maior disponibilidade de fontes renováveis. O processo também gera um co-produto, o óxido de magnésio, que pode ajudar a capturar dióxido de carbono da atmosfera.

A produção de magnésio nos Estados Unidos enfrenta desafios, especialmente devido à concorrência com o metal chinês, que é vendido a preços baixos. A Magrathea planeja iniciar a construção da planta de demonstração em 2025, com capacidade para 1.000 toneladas por ano. Após a operação da planta, a empresa pretende expandir para uma instalação comercial com capacidade de 50.000 toneladas anualmente.