Economia

David Neeleman aposta no setor aéreo mesmo com reestruturação da Azul nos EUA

David Neeleman, fundador da Azul, enfrenta incertezas após recuperação judicial da companhia, enquanto lidera a Breeze Airways nos EUA.

David Neeleman, fundador da Azul e atual presidente do conselho de administração da empresa: participação após reestruturação é incerta. (Foto: Marcio Fernandes/Estadão)

David Neeleman, fundador da Azul e atual presidente do conselho de administração da empresa: participação após reestruturação é incerta. (Foto: Marcio Fernandes/Estadão)

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Enquanto a Azul Linhas Aéreas busca reestruturar suas dívidas com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, seu fundador, David Neeleman, permanece ativo no setor aéreo. Ele lidera a Breeze Airways e está em negociações sobre sua participação na Azul, que pode se tornar uma corporation, sem um controlador definido.

Neeleman, que já enfrentou desafios em sua trajetória, continua a acreditar nas oportunidades do mercado. A Breeze Airways, criada em 2021, reflete sua estratégia de evitar a competição com grandes companhias, oferecendo serviços distintos e mantendo custos baixos. Recentemente, ele adotou uma abordagem inovadora, disponibilizando seu celular para 600 pilotos, visando reter talentos em um setor com escassez de mão de obra.

A situação da Azul é complexa. A companhia, que anunciou um plano de recuperação fora dos tribunais em outubro, teve receita líquida de R$ 5,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 1,6 bilhão. No entanto, a necessidade de recuperação judicial indica dificuldades financeiras. A participação de Neeleman na empresa dependerá das negociações com credores e novos sócios, como United Airlines e American Airlines.

Desafios e Oportunidades

A trajetória de Neeleman no setor aéreo é marcada por sucessos e fracassos. Ele fundou a Morris Air, vendida à Southwest Airlines, e a JetBlue, que se tornou uma das maiores dos Estados Unidos. Apesar de ter enfrentado demissões e desafios operacionais, ele atribui seu sucesso à capacidade de aprender com os erros. "Se eu não tivesse sido demitido da Southwest, não haveria JetBlue", afirmou em entrevista.

A Azul, fundada em 2008, se destacou por sua rede regional e aviões de porte médio. A pandemia e a alta dos juros impactaram suas operações, mas a empresa busca se tornar mais leve com a recuperação judicial. O CEO da Azul, John Rodgerson, acredita que essa medida permitirá à companhia enfrentar melhor os desafios do mercado.

Neeleman, com dupla cidadania americana e brasileira, tem uma história familiar ligada ao Brasil. Seu pai, Gary Neeleman, foi missionário no país e se tornou correspondente de uma agência de notícias. David também foi missionário e começou sua trajetória empreendedora no Brasil, onde encontrou oportunidades em meio à desigualdade. A resiliência de Neeleman e sua visão inovadora continuam a moldar sua carreira no setor aéreo.

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