Petz e Cobasi confirmam fusão e criam gigante do varejo pet no Brasil

A fusão entre Petz e Cobasi foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na segunda-feira, 2 de junho de 2025. A nova empresa resultante da operação terá 11% de participação no mercado pet brasileiro e sinergias estimadas entre R$ 230 milhões e R$ 330 milhões.

A Petlove, terceira maior rede do setor, manifestou intenção de solicitar a avocação do processo, que pode ser analisado pelo Tribunal do Cade. A Petlove, admitida como "terceira interessada", acredita que a fusão impactará pequenos pet shops e fornecedores, afetando 74% das famílias brasileiras que possuem animais de estimação.

Embora o Cade tenha identificado concentração elevada em 281 mercados físicos, a análise concluiu que a rivalidade no setor é suficiente para evitar prejuízos à concorrência. O mercado pet no Brasil é fragmentado, com mais de 250 mil pet shops de pequeno e médio porte, além de marketplaces como Mercado Livre e Amazon, que exercem pressão competitiva.

A fusão, que resultará na incorporação da Petz pela Cobasi, prevê uma receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões. A nova empresa terá 494 lojas em mais de 140 cidades. Os acionistas da Petz receberão 52,6% das ações da nova companhia, enquanto os da Cobasi deterão 47,4%. Além disso, será pago um montante de R$ 400 milhões aos acionistas da Petz, com R$ 130 milhões em dividendos antes da conclusão da fusão.

A operação ainda depende da aprovação dos acionistas e de outras condições habituais. O novo CEO será Paulo Nassar, enquanto Sergio Zimerman, fundador da Petz, presidirá o conselho de administração. A expectativa é que a fusão beneficie os consumidores com preços mais competitivos e maior diversidade de produtos e serviços.