Clubes brasileiros optam por regime tributário americano na Copa do Mundo de Clubes

Os clubes brasileiros Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras estão se preparando para a Copa do Mundo de Clubes, marcada para junho de 2025. Eles discutem questões tributárias relacionadas à competição e decidiram não abrir empresas nos Estados Unidos para receber prêmios.

A opção escolhida foi o regime de tributação ECI (effectively connected income), que implica em taxas de até 37% sobre os dias trabalhados nos EUA e 21% sobre os lucros. Além disso, haverá uma tributação de 30% sobre as remessas ao Brasil. Essa decisão foi tomada após cálculos que mostraram que o regime ECI seria mais vantajoso.

Os clubes também enfrentarão uma tributação de até 37% sobre os dias de trabalho de jogadores e membros da delegação em solo americano. No entanto, há isenção para quem recebe menos de US$ 3 mil. A quantia exata da tributação será calculada com base na remuneração anual dos atletas e funcionários.

Detalhes da Tributação

A FIFA dividiu o prêmio de participação de US$ 15,21 milhões em duas partes: 52% pela participação efetiva no mundial e 48% por fatores fora do território americano, que não serão tributados. Os clubes pagarão 21% sobre o lucro da primeira fase, após deduzir despesas como transporte e hospedagem.

Além disso, 30% do que for remetido ao Brasil será tributado como se fosse um dividendo de uma empresa americana. Essa carga tributária elevada gerou desconforto entre os clubes participantes, que esperavam isenções fiscais.

Cronograma de Pagamentos

A FIFA estabeleceu um cronograma de pagamentos para os clubes. As datas são as seguintes:

1. 29 de maio de 2025: Pagamento do Pilar de Participação, descontando adiantamentos.
2. 27 de junho de 2025: Saldo do Pilar de Participação e do Pilar de Desempenho Esportivo para clubes eliminados na fase de grupos.
3. 15 de agosto de 2025: Pagamento final para clubes eliminados na fase de grupos.
4. 30 de setembro de 2025: Pagamento final para todos os clubes participantes.

Essas decisões refletem a complexidade das questões tributárias que os clubes brasileiros enfrentam na preparação para a Copa do Mundo de Clubes.