05 de jun 2025

Embraer enfrenta queda nas ações após adiamento de entrega de aeronaves para a Alaska Airlines
A disputa comercial entre EUA e Brasil afeta a Embraer, com adiamentos de entregas de aeronaves e cancelamentos de voos pela Horizon Air.
Foto:Reprodução
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As ações da Embraer apresentaram queda nesta quinta-feira, cinco de junho, após o adiamento da entrega de duas aeronaves E175 para a Horizon Air, subsidiária da Alaska Airlines. Os papéis da fabricante brasileira chegaram a recuar 1,76% no início do pregão, mas se recuperaram parcialmente, fechando com uma queda de 0,65%. O Ibovespa registrava alta de 0,08% no mesmo período.
O atraso nas entregas é atribuído às tarifas impostas pelo governo Trump, que foram anunciadas em dois de abril. A Alaska Airlines informou que essa situação impactará a oferta de voos da Horizon durante o verão americano, uma época crucial para o turismo. Sem as novas aeronaves, a companhia precisará cancelar 14 voos diários até o final de julho. A Horizon opera exclusivamente com jatos da Embraer.
Impacto das Tarifas
A produção de aeronaves brasileiras enfrenta uma alíquota de 10% imposta pelos Estados Unidos. Contudo, essa taxa não representa necessariamente o total a ser aplicado, já que os jatos contêm um conteúdo americano significativo, o que pode reduzir a alíquota final. Estimativas sugerem que o percentual final pode ser cerca da metade da alíquota proposta.
Durante a 81ª assembleia anual da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), realizada em Nova Délhi, na Índia, a entidade expressou preocupações sobre os efeitos da disputa comercial. O diretor geral da Iata, Willie Walsh, afirmou que a exclusão de aviões e motores dos regimes tarifários é desejável para evitar complicações na cadeia de suprimentos global.
Investigação e Retaliações
Além disso, a administração Trump está considerando investigar se a importação de peças e aeronaves representa uma ameaça à segurança nacional, o que poderia resultar em tarifas adicionais. Doug Lavin, executivo da Iata, destacou que essa abordagem pode interromper a aviação internacional e provocar retaliações. A Iata espera que a investigação conclua que não há ameaça à segurança nacional, buscando uma resolução para a situação.
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