Casas Bahia negocia conversão de dívidas em ações e busca fortalecer capital social

A Casas Bahia (BHIA3) anunciou que está em negociações avançadas com o Bradesco e o Banco do Brasil para converter R$ 1,56 bilhão de suas dívidas em novas ações. O objetivo é reduzir pela metade o índice de alavancagem da varejista e economizar R$ 230 milhões em juros anuais.

A empresa, que enfrenta uma dívida total de R$ 4,5 bilhões, informou que a conversão das dívidas está relacionada à segunda série de emissão de debêntures. Além disso, a companhia planeja o reperfilamento das debêntures da primeira série, que soma R$ 1,67 bilhão, adiando o primeiro pagamento de juros de novembro de 2026 para novembro de 2027.

Com a conversão, a Casas Bahia espera uma economia de caixa de R$ 400 milhões. A proposta inclui a antecipação do prazo de conversão da segunda série de debêntures, originalmente prevista para 2024. Se aprovada, a emissão de mais de 3 milhões de novas ações representará 77,58% do capital social da empresa.

Impacto nas Finanças

A reestruturação da dívida deve proporcionar maior flexibilidade financeira, permitindo que a companhia invista até R$ 500 milhões em iniciativas de crescimento e eficiência operacional. O novo plano de pagamento do principal da dívida seguirá um cronograma atualizado, discutido com os detentores das debêntures.

A decisão sobre a transformação da estrutura de capital da Casas Bahia será debatida em uma reunião do conselho de administração marcada para 12 de junho. A aprovação depende do consentimento dos detentores de debêntures e de fatores externos à gestão da empresa.