Economia

Guerra de preços de carros elétricos na China pressiona fabricantes e impulsiona vendas

Guerra de preços no setor de carros elétricos na China se intensifica, com BYD e Geely se destacando em meio a desafios de vendas.

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O mercado de carros elétricos na China enfrenta uma intensa guerra de preços, com a BYD e a Tesla em destaque. Em maio, as vendas da Tesla caíram 15% em relação ao ano anterior, enquanto a BYD registrou um aumento de 14% nas vendas, mantendo-se na liderança do setor. No entanto, a desaceleração nas vendas levou a BYD a anunciar descontos significativos.

Analistas da CLSA preveem que a competição de preços continuará, já que a BYD ainda não atingiu suas metas de vendas. A empresa tem um preço-alvo de 483 dólares de Hong Kong (R$ 61,55) para suas ações, enquanto a Geely, considerada bem posicionada, tem um alvo de 23 dólares de Hong Kong (R$ 3,00). A Geely, que possui marcas como Galaxy e Zeekr, está competindo com modelos que oferecem melhores especificações a preços mais baixos.

Novos Modelos e Estratégias

A Xpeng também se destaca, entregando mais de 30 mil carros em maio, marcando o sétimo mês consecutivo de crescimento. A empresa lançou recentemente um novo modelo sob a marca Mona, visando o segmento de preços mais baixos. A Leapmotor e a Li Auto mantiveram entregas estáveis, com mais de 40 mil veículos em maio. A Li Auto, conhecida por seus SUVs com tanque de gasolina para extensão da autonomia, continua lucrativa.

Analistas da JPMorgan observam que a percepção sobre a BYD entre investidores europeus é otimista, apesar das promoções de preços na China. Eles acreditam que a contribuição das operações internacionais da BYD pode aumentar, prevendo que mais de 40% dos ganhos da empresa virão do exterior até 2025.

Perspectivas Futuras

A competição acirrada no setor de veículos elétricos pode levar a um ajuste no mercado. A Macquarie aponta que a capacidade de produção supera a demanda, o que pode resultar em uma estabilização por meio de maior demanda ou consolidação. Essa transição pode levar de três a cinco anos. A pressão sobre os preços e a necessidade de adaptação das empresas são evidentes, com o cenário atual exigindo estratégias inovadoras para sobrevivência no mercado.

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