Economia

Eletrobras celebra três anos de privatização, mas ações enfrentam dificuldades

Eletrobras enfrenta desafios após ação do governo que limita seu poder de voto, impactando sua recuperação e gerando incertezas no mercado.

Logo da Eletrobras. (Foto: Reuters)

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A Eletrobras (ELET3; ELET6) celebra três anos como empresa privada, marcados por avanços operacionais significativos, como a redução de 18% nos custos operacionais e um aumento nos investimentos, que saltaram de R$ 4,6 bilhões em 2021 para R$ 7,7 bilhões em 2024. Apesar disso, suas ações ainda não atingem os preços-alvo esperados, sendo negociadas a R$ 41,03, abaixo dos R$ 42 estipulados na oferta que resultou na privatização.

O desempenho das ações é impactado por fatores como a sobreoferta de energia no setor elétrico e a atual conjuntura macroeconômica. Além disso, a empresa enfrenta desafios devido a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo governo, que limitou seu poder de voto e gerou incertezas sobre a influência governamental em sua estratégia. Vitor Sousa, da Genial Investimentos, aponta que essa ação atrasou medidas de melhoria que poderiam acelerar o processo de turnaround da companhia.

Desafios e Oportunidades

O acordo recente com o governo, que manteve o limite de 10% de poder de voto ao governo, trouxe um "gosto amargo" para os investidores, segundo Sousa. A Eletrobras, que ainda conta com a União como acionista majoritária, deve equilibrar interesses públicos e privados, o que pode restringir decisões operacionais. João Pimentel, do Citi, destaca que a empresa precisa navegar suas relações com o governo, o que pode impactar sua estratégia de dividendos e alocação de capital.

A liberação gradual da energia contratada sob o regime de cotas de garantia física é vista como uma oportunidade, já que a Eletrobras poderá comercializar energia a preços mais altos no mercado livre. Wellington Senter, da Fitch Ratings, observa que, embora a companhia tenha cumprido suas metas, o cenário de preços de energia se deteriorou, afetando suas perspectivas. A classificação de risco da Eletrobras foi alterada de negativa para neutra, embora ainda esteja abaixo da nota do Brasil.

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