Economia

Preço do azeite despenca em 2025 após alta da inflação; saiba os motivos

Queda de 4,42% no preço do azeite de oliva no Brasil reflete recuperação da safra europeia e estabilização do câmbio; tendência de deflação se mantém.

Preço do azeite registra queda no acumulado desde janeiro (Foto: Canva/Creative Commons)

Preço do azeite registra queda no acumulado desde janeiro (Foto: Canva/Creative Commons)

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O azeite de oliva, que se tornou um artigo de luxo no Brasil entre 2023 e 2024, teve uma queda de 4,42% no preço desde janeiro de 2024. Essa redução é atribuída à recuperação da safra na Europa e à estabilização do câmbio, o que pode indicar uma tendência de queda contínua nos preços.

Após um aumento de 50,74% entre maio de 2023 e junho de 2024, o azeite de oliva foi um dos principais responsáveis pela inflação, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O produto, que chegou a ser um vilão da cesta básica, agora troca de lugar com o café, que enfrenta alta significativa de 82,24% nos últimos 12 meses.

Fatores que Influenciam os Preços

A escassez de oferta global, causada por problemas climáticos em países como Grécia, Itália, Espanha e Portugal, foi um dos principais fatores para a alta do azeite. O fenômeno El Niño trouxe estresse hídrico e temperaturas acima da média, resultando em menor produção e qualidade inferior das azeitonas. Além disso, a desvalorização do real impactou os preços, já que mais de 99% do azeite consumido no Brasil é importado.

Com a estabilização do clima e a recuperação das lavouras europeias, a expectativa é que a produção se normalize. Flávio Obino Filho, presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), destaca que a colheita em 2025 está próxima da normalidade, o que deve refletir na redução dos preços no Brasil.

Expectativas Futuras

A previsão é de que o preço do azeite de oliva continue a cair no segundo semestre de 2025, impulsionado pela queda nos preços internacionais. A Associação Paulista de Supermercados (APAS) também aponta que a recuperação da safra europeia deve manter a tendência de deflação do produto no mercado brasileiro.

Diante desse cenário, é fundamental que órgãos como o Ministério da Agricultura e Pecuária intensifiquem a fiscalização para evitar fraudes. O azeite de oliva é o segundo produto mais fraudado do mundo, e o consumidor deve estar atento a produtos de qualidade inferior que possam ser comercializados como azeite extravirgem.

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