Economia

Silveira exige aumento na oferta de gás natural e critica preços da Petrobras

Ministro critica preços altos do gás natural e propõe ações para aumentar a oferta e reduzir custos na indústria brasileira.

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou os preços do gás natural no Brasil, considerando-os "absurdos" e prejudiciais à indústria nacional. Durante o seminário “Gás para Empregar”, realizado em São Paulo nesta terça-feira (10), ele destacou os impactos negativos sobre setores intensivos em energia, como siderurgia e petroquímica. A fala do ministro surge em um momento em que a indústria clama por reformas na estrutura de preços do gás, considerada um dos principais obstáculos para o crescimento industrial.

Silveira enfatizou que o gás natural deve ser visto como um combustível estratégico para a transição energética, e não como um entrave ao desenvolvimento. Ele apontou que o Brasil reinjeta o dobro da meta global de gás natural nos poços, desperdiçando uma oportunidade de aumentar a oferta e reduzir custos. "Não há justificativa para isso", afirmou, ressaltando a necessidade de a Petrobras ampliar a oferta do insumo.

Durante o evento, foi anunciado que a petroleira norueguesa Equinor investirá em um projeto que adicionará 18 milhões de metros cúbicos por dia ao sistema nacional. Além disso, Silveira mencionou uma proposta para incrementar a exportação de gás natural da Argentina, proveniente da formação geológica de Vaca Muerta, como uma estratégia para diversificar a oferta e pressionar a redução de preços.

Críticas ao Custo do Gás

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, também criticou os altos preços do gás natural, alertando que diversos setores da indústria estão perdendo competitividade. Ele comparou os preços praticados no Brasil, que variam entre US$ 14 e US$ 16 por milhão de BTU, com os de outros países, onde os valores giram em torno de US$ 3 a US$ 4.

Josué destacou que o setor ceramista, que depende fortemente do gás, opera com cerca de 30% de ociosidade. Ele afirmou que, com preços mais acessíveis, a produção poderia ser aumentada, gerando mais empregos. O Brasil consome cerca de 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia, mas esse número poderia ser maior se houvesse uma política de preços mais viável e previsível. "O consumo industrial está aquém do potencial justamente por causa do preço elevado", concluiu.

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