Petrobras avalia que é prematuro medir impacto do conflito Israel-Irã nos combustíveis

A escalada do conflito entre Israel e Irã não deve impactar os preços dos combustíveis da Petrobras no curto prazo, segundo a presidente da estatal, Magda Chambriard. Em coletiva de imprensa, ela afirmou que a situação atual é recente e que a companhia não fará ajustes abruptos nos preços internos.

Magda destacou que a volatilidade das cotações internacionais não será repassada imediatamente aos consumidores. "O cenário tem cinco dias, é bem recente", afirmou a executiva, enfatizando que qualquer alteração nos preços é feita de forma cuidadosa. Atualmente, o barril de petróleo está cerca de US$ 20 abaixo dos valores registrados no primeiro trimestre de 2024.

Leilão de Concessões

Além de abordar a questão dos preços, Magda também comentou sobre o 5º ciclo de oferta permanente de concessões de blocos de exploração, realizado recentemente no Rio de Janeiro. A Petrobras arrematou todos os blocos considerados estratégicos, o que reforça a confiança da empresa em suas operações futuras.

A presidente minimizou a perda para a Chevron em uma disputa por um bloco na Bacia da Foz do Amazonas, afirmando que a área não estava entre as prioridades da Petrobras. "Talvez a concorrente tenha dado lance tão elevado por receio de perder", disse Magda, ressaltando que a parceria com a ExxonMobil na mesma bacia é uma estratégia importante para a companhia.

Perspectivas Futuras

A diretora de Exploração, Sylvia dos Anjos, também participou da coletiva e confirmou o caráter estratégico da entrada na Bacia da Foz do Amazonas. As descobertas significativas na vizinha Guiana tornam essa parceria ainda mais relevante para o futuro da Petrobras. A empresa segue monitorando o cenário internacional, mas mantém uma postura cautelosa em relação a mudanças nos preços dos combustíveis.