Economia

Cidades do Nordeste investem milhões em festas juninas mesmo em tempos de crise

Cidades em emergência financeira no Nordeste investem milhões em festas juninas, enquanto o Ministério Público monitora os gastos.

O cantor Wesley Safadão (Foto: Reprodução/Instagram)

O cantor Wesley Safadão (Foto: Reprodução/Instagram)

Ouvir a notícia

Cidades do Nordeste investem milhões em festas juninas mesmo em tempos de crise - Cidades do Nordeste investem milhões em festas juninas mesmo em tempos de crise

0:000:00

O balão de São João sobe e os gastos com atrações musicais nas festas juninas do Nordeste também. Mesmo em situações de emergência financeira, cidades como Bom Jesus da Lapa e Quijingue investem milhões em artistas renomados. O cantor Wesley Safadão, por exemplo, chega a receber R$ 1,1 milhão por apresentação.

Na Bahia, Bom Jesus da Lapa, que enfrenta um decreto de emergência, destinou mais de R$ 2 milhões para o São João deste ano, incluindo a contratação de Safadão. Outras cidades baianas, como Cruz das Almas e Jequié, também figuram entre os maiores gastadores, com R$ 9,5 milhões e R$ 8,9 milhões, respectivamente. As programações incluem artistas de diferentes gêneros, como o DJ Alok, que cobra R$ 750 mil por show.

Monitoramento dos Gastos

O Ministério Público monitora esses gastos para evitar excessos. Plataformas de transparência foram criadas para que a população possa acompanhar as despesas e denunciar irregularidades. Municípios em estado de emergência, como Quijingue, enfrentam crises financeiras e destinam R$ 5,2 milhões para 26 atrações, o que representa 40% dos gastos com saúde.

Quijingue, que também sofre com a seca, não pagou o décimo terceiro de 2024 e enfrenta dificuldades orçamentárias. O município tem um orçamento de R$ 117 milhões, com R$ 13 milhões para saúde e R$ 55 milhões para educação. Em Pernambuco, os gastos com festas juninas já somam R$ 95 milhões, com destaque para Vitória de Santo Antão, que investiu R$ 3,1 milhões.

Normas e Responsabilidade Fiscal

Promotores de Justiça ressaltam que cidades em emergência não podem usar recursos federais e estaduais para as festas. É necessário apresentar um estudo técnico sobre o impacto orçamentário e evitar suplementações. A promotora Rita Tourinho destaca que a fiscalização pela sociedade é crucial para garantir que os recursos sejam utilizados de forma responsável.

As prefeituras defendem que as festas movimentam a economia local, gerando empregos e atraindo turistas. A prefeitura de Vitória de Santo Antão afirmou que o evento foi planejado com responsabilidade fiscal, injetando mais de R$ 23 milhões na economia local.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela