Copel adota nova estratégia para ampliar matriz energética com fontes renováveis

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) completou 70 anos em 2024, consolidando-se como um exemplo na transição energética do Brasil. A empresa alcançou uma matriz energética 100% renovável um ano antes do previsto e estabeleceu um plano para neutralidade de carbono até 2030.

A transformação da Copel vai além da simples troca de fontes de energia. Com um investimento de 1,2 bilhão de reais, a companhia desinvestiu em usinas térmicas, vendendo 51% da Compagas por 906 milhões de reais e sua participação na Usina Elétrica a Gás de Araucária por 320 milhões de reais. A Usina Termelétrica de Figueira, movida a carvão, foi paralisada, resultando em uma matriz composta exclusivamente por hidrelétricas, parques eólicos e painéis solares.

Compromisso Socioambiental

O compromisso da Copel com a sustentabilidade é histórico. A superintendente de sustentabilidade, Luisa Nastari, destaca que a empresa foi pioneira ao realizar o primeiro estudo de impacto ambiental do setor elétrico no Brasil e a primeira a aderir ao Pacto Global da ONU em 2000. Desde 2009, a Copel mantém um rigoroso inventário de emissões, verificado por terceiros, e está integrada às carteiras do ISE e do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3.

A Copel também busca atuar como um elo de crescimento socioeconômico para as comunidades onde está presente. A empresa investe em projetos que minimizam o impacto das mudanças climáticas nos biomas locais, promovendo um modelo de desenvolvimento energético sustentável.

Exemplos de Inovação no Setor

Outras empresas do setor elétrico brasileiro também estão avançando em suas estratégias de sustentabilidade. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alcançou 100% de geração de energia renovável em 2024, após encerrar sua única usina térmica. Com um plano de investimento de 59 bilhões de reais até 2029, a Cemig foca na modernização da rede e em soluções de armazenamento.

A Isa Energia, responsável por 95% da transmissão de energia em São Paulo, investiu 1,3 bilhão de reais em melhorias e 2,2 bilhões de reais em projetos de expansão e energias renováveis. A empresa também se comprometeu a reduzir suas emissões em 60% até 2040.

Essas iniciativas refletem um movimento crescente no setor elétrico brasileiro em direção a uma matriz energética mais limpa e sustentável, posicionando o Brasil como referência global na transição energética.