29 de jun 2025

Bancos criam pacotes alternativos para compensar queda nas receitas de tarifas
Bancos brasileiros enfrentam críticas por pacotes de serviços não bancários, com reclamações de cobranças indevidas e falta de clareza.

Pix responde por boa parte da redução das receitas dos bancos com tarifas (Foto: Rubens Cavallari - 06.mar.2025/Folhapress)
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Em resposta à queda nas receitas com tarifas, os grandes bancos brasileiros têm adotado pacotes de serviços não bancários, como streaming e seguros, para compensar as perdas. O crescimento do Pix, que substituiu serviços tradicionais como TED e saques gratuitos, impactou significativamente as receitas.
Esses combos, que funcionam como cestas de tarifas, são cobrados mensalmente e oferecem uma variedade de serviços. No entanto, têm gerado reclamações de clientes sobre cobranças indevidas e falta de transparência. De acordo com dados financeiros, as cinco maiores instituições perderam R$ 4,6 bilhões em receitas com conta corrente desde a pandemia, apesar de um aumento de quase 30% no número de clientes.
O Itaú Unibanco, por exemplo, viu suas receitas com tarifas de conta corrente caírem, mas compensou parte dessa perda com o pacote de benefícios Combinaqui, que varia de R$ 16 a R$ 47 mensais. O Banco do Brasil também se destacou com seu Clube de Benefícios, que gerou R$ 990 milhões em receitas no primeiro trimestre de 2024. O Santander e a Caixa também lançaram pacotes semelhantes, com preços que variam entre R$ 29,90 e R$ 79,90.
Reclamações e Cuidados
Os pacotes têm sido alvo de críticas em plataformas de defesa do consumidor, onde muitos relatam cobranças sem consentimento. Patrícia Dias, do Procon-SP, alerta que os consumidores devem avaliar cuidadosamente os serviços incluídos e monitorar suas contas para evitar cobranças indevidas. Caso isso ocorra, o cliente tem direito ao estorno em dobro.
Os bancos afirmam que esses pacotes são parte de uma estratégia de personalização e que a adesão ou cancelamento pode ser feito a qualquer momento. A digitalização e a concorrência com fintechs também têm pressionado as instituições a inovar e oferecer serviços que atraiam os clientes, que buscam mais do que apenas serviços bancários tradicionais.
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