01 de jul 2025

Taxa de 20% e vaquinha para socorrista de Juliana Marins são explicadas
Campanha para socorrista Abdul Agam reverte decisão e promete repassar R$ 520 mil sem taxas após críticas de doadores.

Agam, um alpinista indonésio que ajudou a resgatar o corpo de Juliana Marins no monte Rinjani (Foto: @agam_rinjani)
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Abdul Agam, um socorrista voluntário, ganhou destaque após participar do resgate da brasileira Juliana Marins no Monte Rinjani, na Indonésia. Uma campanha de arrecadação no Razões para Acreditar, que visa ajudar Agam, arrecadou mais de R$ 520 mil, mas enfrentou controvérsias devido à cobrança de uma taxa de 20% sobre o valor.
Após críticas intensas, a plataforma decidiu cancelar a campanha e devolver o dinheiro aos doadores. No entanto, um dia depois, a empresa reverteu a decisão e anunciou que enviaria o valor total para Agam, sem taxas. Vicente Carvalho, sócio-fundador do Razões para Acreditar, afirmou que a escuta dos comentários dos doadores foi fundamental para a mudança de postura.
A taxa de 20% é padrão na plataforma e cobre custos operacionais, incluindo curadoria e gestão financeira. Carvalho defendeu a necessidade dessa taxa para manter a sustentabilidade da plataforma, mas reconheceu que a comunicação sobre ela pode ser aprimorada. Ele também mencionou que a política de taxas será reavaliada para garantir a integridade das campanhas.
Polêmica das Taxas
O episódio levantou questões sobre as taxas cobradas por plataformas de financiamento coletivo. Especialistas apontam que a transparência na comunicação é crucial para construir confiança entre doadores e organizadores. Luiz Felipe Gheller, CEO da Vakinha, destacou que taxas são comuns e necessárias para cobrir custos operacionais.
Roberta Faria, CEO da Mol Impacto, enfatizou que o problema não é a taxa em si, mas a forma como as doações são solicitadas e como as contas são prestadas. Para ela, é essencial que as explicações sobre taxas estejam claras e acessíveis, não apenas em letras miúdas.
A situação atual pode ser uma oportunidade para discutir a sustentabilidade das organizações sociais e a necessidade de recursos para seu desenvolvimento. Daniela Saraiva, coordenadora do Movimento por uma Cultura de Doação, ressaltou que a profissionalização do setor é vital para implementar mudanças significativas.
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