03 de jul 2025


Trump aprova cortes de impostos para os mais ricos em nova proposta fiscal
Senado aprova reforma tributária que amplia benefícios para ricos e altera deduções fiscais, preparando o terreno para intensos debates na Câmara.

Uma vista do Capitólio dos EUA em Washington, DC, em 30 de junho de 2025. (Foto: Jim Watson | Afp | Getty Images)
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O Senado dos Estados Unidos aprovou recentemente a proposta de reforma tributária conhecida como One Big Beautiful Bill, que promete beneficiar significativamente os mais ricos. A nova legislação inclui a extensão de cortes de impostos de 2017 e introduz novas isenções fiscais.
Entre as principais mudanças, destaca-se o aumento do limite de deduções de impostos estaduais e locais (SALT), que passará de US$ 10 mil para US$ 40 mil para contribuintes com renda abaixo de US$ 500 mil. Essa alteração, que inicialmente enfrentou resistência, foi aceita após pressões da Câmara dos Representantes. Além disso, o Senado manteve uma brecha que permite que proprietários de empresas evitem o teto de dedução, beneficiando especialmente profissionais de serviços.
Benefícios para Investidores
A reforma também traz novidades para investidores em pequenas empresas. O limite para que uma empresa se qualifique como "pequena" foi elevado de US$ 50 milhões para US$ 75 milhões, e a isenção de impostos sobre ganhos de capital aumentou de US$ 10 milhões para US$ 15 milhões. Essa mudança visa incentivar investimentos em negócios emergentes, permitindo que investidores isentem até US$ 749 milhões em ganhos de capital.
A proposta torna o imposto sobre heranças permanente, com uma isenção de US$ 15 milhões por herança, que será ajustada pela inflação. Essa estabilidade é considerada crucial para o planejamento patrimonial dos ultra-ricos.
Impacto nas Doações
Embora a reforma inclua incentivos para doações de caridade para contribuintes de baixa e média renda, ela impõe restrições para doadores de alta renda. A nova legislação limita a dedução de doações, estabelecendo um novo piso de 0,5% da renda bruta ajustada, o que pode desestimular a generosidade entre os mais abastados.
Com a votação final se aproximando na Câmara, a proposta de reforma tributária promete intensificar o debate sobre a distribuição de riqueza e os impactos sociais dos cortes fiscais, especialmente em um cenário onde os mais ricos tendem a ser os principais beneficiários.
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