03 de jul 2025

Desaceleração na criação de empregos impacta mercado de trabalho nos EUA
Pequenas empresas enfrentam dificuldades, com cortes de vagas e previsão de criação de empregos em queda acentuada nos próximos meses.

Rússia recupera acesso a fundos e produtos restritos com afrouxamento de sanções dos EUA por Trump (Foto: Reprodução)
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O mercado de trabalho nos Estados Unidos enfrenta uma queda acentuada na criação de empregos, com dados recentes indicando que a situação é ainda mais preocupante do que se pensava. Em junho, as projeções apontavam para a adição de 110 mil novas vagas, mas esse número é considerado fraco. De janeiro a maio, a média mensal de criação de empregos foi de 124 mil, inferior aos 168 mil do ano anterior.
O Departamento do Trabalho revisou para baixo os números de meses anteriores, cortando, em média, 55 mil vagas por mês. Por exemplo, o número de empregos criados em março foi reduzido de 228 mil para apenas 120 mil. Essa revisão é atribuída à demora de muitas pequenas empresas em responder às pesquisas oficiais, que enfrentam desafios como tarifas elevadas e escassez de mão de obra imigrante.
Desafios para Pequenas Empresas
Relatórios da ADP indicam uma perda de 33 mil empregos no setor privado em junho, com 47 mil vagas a menos em empresas com menos de 50 funcionários. Neste ano, pequenas empresas têm gerado apenas 5.300 empregos mensais, em comparação com quase 40 mil no ano passado. Apesar disso, os cortes não afetam todos os setores, e os trabalhadores já empregados mantêm seus postos.
A situação é especialmente desafiadora para jovens recém-formados e trabalhadores que buscam recolocação. A mudança no perfil da força de trabalho também contribui para o travamento do mercado. A população em idade ativa cresce lentamente, enquanto a imigração caiu drasticamente. Um estudo do Brookings Institution e do American Enterprise Institute prevê que, em 2025, a imigração pode chegar a um saldo zero ou negativo.
Perspectivas Futuras
Com a diminuição da força de trabalho disponível, a criação de empregos pode cair para apenas 10 mil a 40 mil por mês no segundo semestre, uma taxa insuficiente para manter o desemprego em 4,2%. Especialistas alertam que uma economia incapaz de gerar empregos como antes também terá dificuldades para crescer.
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