07 de jul 2025

JPMorgan ajusta preço-alvo da Suzano, mas mantém preferência por SUZB3
JPMorgan revisa previsões e aponta queda nos preços da celulose, com expectativa de recuperação apenas em 2026.

Foto: Reprodução
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Em 2025, o mercado de celulose passou por uma reviravolta significativa, com a expectativa inicial de alta nos preços sendo substituída por um cenário de excesso de oferta. O JPMorgan revisou suas estimativas, reduzindo o preço-alvo da Suzano (SUZB3) de R$ 84,00 para R$ 71,50 por ação, refletindo a nova realidade de preços mais baixos. A Klabin (KLBN11) também teve seu preço-alvo ajustado, passando de R$ 27,00 para R$ 26,00.
O banco mantém a Suzano como sua principal escolha, destacando que a ação ainda apresenta um potencial de valorização de 38% em relação à cotação atual. A Klabin, com um modelo de negócios diversificado, oferece um upside de 33%. Entre as empresas chilenas, a COPEC teve seu preço-alvo elevado de CLP 7.100 para CLP 7.200, enquanto o da CMPC foi reduzido de CLP 1.550 para CLP 1.450.
Mudanças no Cenário de Preços
O início do ano trouxe expectativas otimistas, mas a situação mudou drasticamente após abril. O excesso de oferta e a gestão estratégica de estoques resultaram em uma queda nos preços da celulose, que recuaram quase US$ 100 por tonelada, atingindo US$ 504/t na última semana. O JPMorgan observa que, apesar do patamar de US$ 500/t ser considerado insustentável no longo prazo, não há catalisadores claros para uma recuperação imediata.
As projeções indicam uma média de US$ 510/t no terceiro trimestre de 2025 e US$ 560/t no quarto trimestre, revisando as estimativas anteriores de US$ 575/t e US$ 580/t. O banco acredita que 2026 pode ser um ano mais favorável para os preços, embora o suporte global de custos esteja em torno de US$ 500/t.
Perspectivas para o Futuro
O mercado global de celulose de fibra curta, que soma cerca de 87 milhões de toneladas/ano, enfrenta desafios. Se os preços no mercado à vista caírem abaixo dos custos de produção, os produtores integrados tendem a reduzir sua produção. Atualmente, a média de custo na China varia entre US$ 450–500/t, com uma demanda integrada a US$ 500/t.
O interesse crescente pela integração vertical na China pode impactar a volatilidade de custos, já que cerca de 35% da demanda por celulose de fibra curta ainda não está integrada. A nova estimativa média de preço da celulose para 2026 foi ajustada de US$ 625/t para US$ 583/t, refletindo as mudanças nas dinâmicas do mercado.
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