William Blair rebaixa Tesla após mudanças em projeto de gastos do GOP

A Tesla enfrenta um cenário desafiador após a eliminação do crédito fiscal de $7.500 para a compra de veículos elétricos, conforme a nova legislação aprovada pelo governo. O analista Jed Dorsheimer, da William Blair, rebaixou a recomendação das ações da montadora de "desempenho superior" para "desempenho de mercado", citando a necessidade de uma "redefinição nas expectativas" dos investidores.

A nova lei, sancionada pelo presidente Donald Trump, não apenas removeu o crédito fiscal, mas também cortou multas que as montadoras enfrentariam sob os padrões de eficiência de combustível. Dorsheimer destacou que essa combinação pode impactar a demanda e a lucratividade da Tesla, que já havia visto uma queda de 71% em seu lucro líquido no primeiro trimestre em relação ao ano anterior.

Impactos no Mercado

A eliminação do crédito fiscal, que termina em 30 de setembro, pode inicialmente aumentar as vendas no terceiro trimestre, mas pressionar os resultados do quarto trimestre. O analista prevê que a redução na receita de créditos regulatórios, que geraram $10,6 bilhões desde 2019, pode ser um golpe direto na rentabilidade da empresa.

Além disso, a imagem da Tesla está sendo afetada pelas recentes movimentações políticas de seu CEO, Elon Musk. O lançamento de um novo partido político por Musk, que se distanciou de Trump, gerou preocupações entre os investidores sobre a distração em um momento crítico para a empresa. Dorsheimer observou que muitos investidores estão se sentindo cansados com essas distrações e prefeririam que Musk se concentrasse em iniciativas como o lançamento do robotaxi.

As ações da Tesla caíram mais de 6% no pré-mercado, refletindo a inquietação do mercado diante dessas mudanças. A crescente concorrência no setor de veículos elétricos, com montadoras como a BYD ganhando espaço, também contribui para um ambiente desafiador para a Tesla.