Trump envia cartas sobre tarifas, mas sem promessas concretas de mudanças

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou novas tarifas sobre importações de 12 países, que entrarão em vigor em 1º de agosto. As tarifas variam entre 25% e 40%, conforme comunicado em cartas enviadas aos líderes das nações afetadas. O anúncio provocou reações negativas nos mercados financeiros, que registraram quedas significativas.

As cartas de Trump incluem declarações enfáticas, como "Você nunca ficará desapontado com os Estados Unidos da América", além de uma advertência sobre a possibilidade de modificação das tarifas, dependendo das relações comerciais. O presidente reafirmou que as tarifas serão mantidas, independentemente das negociações.

Analistas questionam a clareza das novas tarifas e seu impacto real nas empresas. Adam Parker, CEO da Trivariate Research, afirmou que não está claro se as mudanças anunciadas representam algo novo em relação ao que foi previamente comunicado em abril. As bolsas dos EUA fecharam em baixa, com todos os principais índices apresentando perdas, o pior desempenho em quase um mês.

Reações Internacionais

O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, classificou as novas tarifas como "regrettable". As tensões comerciais entre os EUA e outros países continuam a crescer, enquanto o mercado asiático apresenta reações mistas. Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 caiu após o Banco Central manter as taxas de juros.

Além disso, a Tesla viu sua avaliação de mercado cair em mais de 68 bilhões de dólares após Elon Musk anunciar a formação de um novo partido político nos EUA, gerando preocupações entre investidores. A Samsung Electronics também previu uma queda de 56% em seus lucros, refletindo um cenário econômico desafiador.