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09 de jul 2025

Amcham alerta sobre impactos severos das tarifas de Trump ao Brasil

Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros podem comprometer empregos e investimentos, alertam entidades do setor. Diálogo é urgente.

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com a imprensa antes de embarcar no Marine One para participar da Cúpula da OTAN em Haia, Holanda, no gramado sul da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 24 de junho de 2025. (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com a imprensa antes de embarcar no Marine One para participar da Cúpula da OTAN em Haia, Holanda, no gramado sul da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 24 de junho de 2025. (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

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A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos enfrenta um novo desafio. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, uma decisão que pode impactar severamente a economia brasileira. A medida, divulgada nesta quarta-feira (9), gerou preocupação na Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), que alertou para os riscos de perda de empregos e investimentos.

A Amcham Brasil expressou sua profunda preocupação em nota, destacando que a tarifa pode prejudicar as cadeias produtivas entre os dois países. A entidade enfatizou que o comércio bilateral é historicamente complementar, trazendo benefícios mútuos. O saldo comercial entre Brasil e EUA foi de US$ 29,2 bilhões em 2024, com exportações brasileiras para os EUA totalizando cerca de US$ 40 bilhões.

Impactos Econômicos

Diversos setores já sentem os efeitos do anúncio. A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) alertou que a tarifa pode inviabilizar operações, afetando toda a cadeia produtiva. O presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz, afirmou que a situação pode desestimular investimentos e comprometer a credibilidade do Brasil como parceiro comercial.

O setor calçadista também manifestou preocupação. Haroldo Ferreira, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), descreveu a tarifa como um "grande balde de água fria" para a recuperação do mercado, especialmente após um crescimento de 40% nas exportações para os EUA no primeiro semestre.

Chamado ao Diálogo

A Amcham Brasil pediu um diálogo construtivo entre os governos dos EUA e do Brasil para mitigar os impactos negativos. A entidade, que representa mais de 3.500 empresas, defende que uma solução negociada deve ser baseada em racionalidade, previsibilidade e estabilidade. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se posicionou, afirmando que não há justificativa econômica para a tarifa e defendendo a intensificação das negociações.

A nova tarifa, que entrará em vigor em 1º de agosto, pode afetar o PIB do Brasil em até 0,4%, segundo estimativas. O economista-chefe do Goldman Sachs, Alberto Ramos, sugere que a pressão dos exportadores pode levar o governo brasileiro a buscar um diálogo para reduzir as tensões comerciais.

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