09 de jul 2025
Ataques cibernéticos se tornam a maior preocupação das empresas, aponta Allianz
Ataque à C&M Software gera perdas de R$ 541 milhões e intensifica demanda por seguros cibernéticos na América Latina.

Sede da Allianz em Munique, Alemanha: grupo segurador planeja expansão para a região das Américas, com foco em países latinos como Brasil, México, Argentina e Colômbia (Foto: Krisztian Bocsi)
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Ataques cibernéticos têm se tornado uma preocupação crescente para empresas em todo o mundo, especialmente após o recente ataque à C&M Software, que resultou em perdas de R$ 541 milhões. Este incidente, um dos maiores da história do Brasil, expõe a vulnerabilidade das instituições financeiras e reforça a urgência de proteção contra riscos cibernéticos.
A Allianz Commercial, divisão do grupo segurador alemão, observou um aumento significativo na demanda por seguros de riscos cibernéticos na América Latina, incluindo o Brasil. David Colmenares, diretor executivo da Allianz para a região, destacou que 38% dos executivos entrevistados em uma pesquisa global consideram os riscos cibernéticos como os mais relevantes para 2025. A pesquisa abrangeu 3.778 executivos de 106 países.
O ataque à C&M Software, que conecta bancos ao sistema de pagamentos do Banco Central, não apenas causou perdas significativas, mas também resultou em acessos indevidos em pelo menos outras cinco instituições financeiras. Esse cenário evidencia a necessidade de um maior investimento em segurança cibernética e na contratação de seguros específicos para mitigar os impactos de tais incidentes.
Crescente Preocupação
A crescente preocupação com a segurança digital está impulsionando a indústria de seguros a se adaptar para atender à demanda por coberturas mais robustas. A Allianz, por exemplo, está ampliando suas ofertas para ajudar empresas a se protegerem contra os riscos emergentes no ambiente digital. A pesquisa da Allianz também revelou que a cibersegurança superou a preocupação com catástrofes naturais, que ocupou o terceiro lugar no ranking de riscos.
No Brasil, 41% das empresas entrevistadas manifestaram preocupação com ataques cibernéticos, acima da média global de 38%. As mudanças climáticas, descritas como riscos físicos e operacionais, foram citadas por 38% dos entrevistados, ocupando o segundo lugar no Brasil. Na América Latina, o receio com hackers liderou também na Argentina (42%) e na Colômbia (34%).
Resposta do Mercado
Além de aumentar a oferta de apólices, a Allianz também está se preparando para responder aos riscos das mudanças climáticas, que impactam severamente as economias. Em 2024, as perdas totais com catástrofes naturais relacionadas ao clima devem somar US$ 327 bilhões. A empresa lançou a plataforma CAReS (Climate Adaptation & Resilience Services) para ajudar clientes a identificar locais expostos a riscos climáticos.
A Allianz projeta um crescimento entre 30% e 40% no Brasil nos próximos anos, focando em mercados como Argentina, Colômbia e México, que representam 65% a 70% do mercado de seguros na região. A integração das divisões da Allianz no Brasil, concluída em julho, visa fortalecer a presença da empresa na América Latina, com planos de abrir um hub regional em Miami para atender a demanda crescente.


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