Festival Mimo em Portugal promove resistência cultural contra a ultradireita

O festival Mimo, que teve sua origem em Olinda, Brasil, será realizado em Amarante, Portugal, de 19 a 21 de julho. O evento, que promove música e diversidade, espera receber 70 mil visitantes. O prefeito de Amarante, Jorge Ricardo, destacou a relevância do festival como uma forma de resistência à extrema direita e à imigração.

Ricardo afirmou que o Mimo é um exemplo de como a cultura pode unir as pessoas em tempos de polarização. Ele enfatizou que "vivemos tempos diferentes, com sinais na Europa e na América que nos preocupam". O prefeito, filiado ao Partido Social Democrata (PSD), ressaltou que a imigração é essencial para o desenvolvimento da cidade, afirmando que "nós precisamos de imigrantes".

A produtora e diretora do Mimo, Lu Araújo, que fundou o festival há 22 anos, também comentou sobre a importância do evento. Segundo ela, "a ideia é a música que nos conecta e a cultura que nos transforma". O festival contará com uma programação diversificada, incluindo artistas do Brasil, Portugal, Reino Unido, México, Espanha, Palestina, Senegal, Estados Unidos, Venezuela, Argentina, França, Gâmbia e Cuba.

Expectativas e Atrações

O aquecimento para o festival já começou, com apresentações de artistas como Expresso Atlântico, Philippe Cohen Solal, Cal Jader e Cholulteka. A programação completa promete atrair um público variado, refletindo a diversidade cultural que o Mimo representa. A prefeitura de Amarante é a promotora do evento, que se consolida como um espaço de celebração e resistência cultural.