31 de jan 2025
Alta-costura de Paris revela maximalismo e nostalgia em desfiles exuberantes
A temporada de alta costura de Paris para o verão 2025 ocorreu de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, destacando a transição do minimalismo para o maximalismo. Alessandro Michele estreou na Valentino com uma coleção exuberante, repleta de silhuetas volumosas e bordados, desafiando a simplicidade na moda. A Schiaparelli, sob Daniel Roseberry, apresentou uma coleção inspirada em épocas passadas, questionando a modernidade e celebrando o barroco. A inclusão de modelos mais velhas e diversidade corporal nas passarelas foi um marco, refletindo uma mudança nas representações da moda. A alta costura, apesar de atender a um público restrito, continua a capturar o zeitgeist e a inspirar sonhos em tempos de crise econômica.
Chanel, verão 2025, alta-costura (Foto: Acielle / Style Du Monde)
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A temporada de alta-costura de verão 2025 encerrou-se na quinta-feira, 30 de janeiro, em Paris, com desfiles de renomadas marcas como Schiaparelli, Dior, Chanel, Valentino e Armani. Daniel Roseberry, da Schiaparelli, desafiou a ideia de que modernidade e simplicidade devem andar juntas, apresentando uma coleção extravagante e volumosa. Alessandro Michele fez sua estreia na Valentino, trazendo uma estética maximalista com saias grandes e bordados elaborados, enquanto Ludovic de Saint Sernin encantou na Jean Paul Gaultier com um desfile dramático e performático.
A Dior, sob a direção de Maria Grazia Chiuri, também apostou em um aumento de volume, incorporando crinolinas e elementos lúdicos inspirados em "Alice no País das Maravilhas". Giambattista Valli apresentou vestidos de festa glamourosos, enquanto a Chanel revisitou seus clássicos em uma coleção que celebrou 110 anos de alta-costura, destacando a presença da atriz Fernanda Torres na primeira fila.
A semana foi marcada por um retorno ao maximalismo, em contraste com a tendência do quiet luxury. As mudanças na direção criativa de várias marcas, como a saída de Virginie Viard da Chanel e a chegada de Alessandro Michele na Valentino, refletem um momento de transformação na moda. O cenário atual, com crises climáticas e socioeconômicas, levanta questões sobre o papel da alta-costura em tempos difíceis, onde a criatividade e o escapismo se tornam essenciais.
A alta-costura, embora voltada para um público restrito, continua a capturar o zeitgeist e a inspirar muitos. Com técnicas artesanais e materiais luxuosos, a couture não apenas representa o ápice da moda, mas também serve como uma forma de arte que ressoa com um público muito além de seus consumidores diretos. Vestidos da Valentino, por exemplo, podem levar mais de 3.000 horas para serem confeccionados, simbolizando o compromisso com a qualidade e a tradição.
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