27 de fev 2025
Museu de Arte Contemporâneo de Monterrey ganha nova direção sob Taiyana Pimentel
O Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey (MARCO) é um ícone cultural desde 1991. Taiyana Pimentel, diretora desde 2019, transformou o foco do MARCO para o norte do México. A exposição "Nuevo León: El futuro no está escrito" abordou disparidades sociais regionais. Artistas como Aristeo Jiménez e Yvonne Venegas expuseram realidades contrastantes de Monterrey. Pimentel enfatiza a inclusão de artistas mulheres e conexões internacionais no MARCO.
"O Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey (MARCO). (Foto: MARCO)"
Ouvir a notícia:
Museu de Arte Contemporâneo de Monterrey ganha nova direção sob Taiyana Pimentel
Ouvir a notícia
Museu de Arte Contemporâneo de Monterrey ganha nova direção sob Taiyana Pimentel - Museu de Arte Contemporâneo de Monterrey ganha nova direção sob Taiyana Pimentel
No centro de Monterrey, próximo ao seu bairro histórico e em frente à câmara municipal, ergue-se um edifício pós-moderno de tom laranja queimado, projetado pelo arquiteto mexicano Ricardo Legorreta. Completado em 1991, o local abriga o Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey (MARCO), que, ao longo de três décadas, tem promovido a arte contemporânea internacional na capital industrial do México. Desde a chegada da diretora executiva Taiyana Pimentel em 2019, o museu passou por uma transformação significativa, focando na produção artística do norte do México e na inclusão de artistas que não tinham tido exposições relevantes no país.
Pimentel, natural de Havana, começou a visitar Monterrey na década de 1990 e se deparou com a coletividade artística marcelaygina, que a inspirou a questionar a cena artística do centro do México. “Aqui [em Monterrey], havia posições políticas fortes ligadas a questões de classe, raça e salários”, afirmou Pimentel em entrevista. Sob sua direção, o MARCO tem se empenhado em apresentar obras de artistas como Mario García Torres, Miguel Calderón e Damián Ortega, além de dar destaque a artistas mulheres, como Teresa Serrano e Teresa Margolles.
Uma das exposições mais recentes, “Nuevo León: El futuro no está escrito”, curada por Mauricio Maillé e Ariadna Ramonetti Liceaga, apresentou uma variedade de perspectivas fotográficas de dez artistas e um coletivo ligados a Nuevo León. A mostra, que fechou em 23 de fevereiro, explorou as realidades contrastantes da região, desde a vida noturna de Monterrey até as belezas da Sierra Madre, revelando as disparidades sociais e econômicas. “Não é sobre a cidade que queremos, mas sobre a cidade que temos”, disse Ramonetti Liceaga.
A exposição também abordou questões críticas, como as práticas laborais da globalização, com o coletivo Estética Unisex retratando a precariedade enfrentada por jovens trabalhadores. Além disso, Oswaldo Ruiz documentou o impacto da produção de cimento na paisagem local, evidenciando os custos ecológicos da riqueza gerada em Monterrey. Pimentel enfatizou que a perspectiva do norte é essencial para entender a paisagem cultural mais ampla do México, permitindo um programa curatorial que reflete a identidade única da região.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.