São Paulo celebra a expansão do Masp com novo prédio e exposições inéditas

A partir de março de 2024, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) passará a contar com um novo prédio, que foi reformado pelo escritório Metro Arquitetos, de Martin Corullon e Gustavo Cedroni. O novo espaço, interligado ao museu original por um túnel de 40 metros, homenageia os fundadores Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi. A inauguração de uma das mostras, com treze obras de Pierre-Auguste Renoir, está marcada para o dia 28 de março.

A expansão do Masp, que dobrou sua área útil de 10.485 para 21.863 metros quadrados, foi viabilizada por uma doação de R$ 250 milhões de famílias da elite brasileira. O diretor do museu, Heitor Martins, destacou a importância da transparência nas operações, que ajudou a reverter a situação financeira da instituição, que enfrentava dívidas e falta de investimentos. Martins também enfatizou a relevância de celebrar a arte contemporânea, trazendo novas vozes ao espaço.

O projeto arquitetônico gerou polêmica, sendo comparado a um "gabinete de computador". No entanto, Corullon defendeu a requalificação do edifício existente, que agora conta com cinco novas galerias, áreas multiuso, salas de aula e um laboratório de conservação. A certificação LEED foi conquistada devido ao reaproveitamento das estruturas preexistentes, reduzindo a pegada de carbono.

A nova edificação, com catorze andares, também visa discutir a modernização das cidades e a importância de evitar edifícios ociosos. Especialistas como Raquel Schenkman e Laura Janka ressaltaram a necessidade de uma abordagem cuidadosa e de longo prazo na arquitetura urbana. O novo espaço do Masp promete criar novas histórias e experiências para os visitantes, reforçando o legado cultural de seus fundadores.