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Ithell Colquhoun: a busca por iluminação além do mundo mortal

A exposição de Ithell Colquhoun no Tate St Ives apresenta mais de 200 obras. Colquhoun, artista britânica, buscou identidade em meio ao colonialismo britânico. Sua arte reflete uma fusão de erotismo e espiritualidade, desafiando normas. O interesse renovado por artistas ocultistas destaca sua relevância na arte contemporânea. A mostra viajará para o Tate Britain em junho, ampliando sua visibilidade.

Ithell Colquhoun: Dança dos Nove Opalas, 1942. (Foto: ©Spire Healthcare/©Noise Abatement Society/©Samaritans)

Ithell Colquhoun: Dança dos Nove Opalas, 1942. (Foto: ©Spire Healthcare/©Noise Abatement Society/©Samaritans)

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Ithell Colquhoun, artista britânica nascida em 1906 na Índia, é lembrada por sua obra multifacetada e mística, marcada por contradições. Embora tenha sido uma figura central no Surrealismo britânico, sua trajetória foi breve. Colquhoun, que cresceu longe dos pais e lutou com sua identidade entre o Oriente e o Ocidente, buscou transcendência espiritual, acreditando que todas as crenças levam à mesma verdade. Sua autobiografia não publicada revela sua busca por um lugar no mundo: “Onde estou, entre o leste e o oeste? Uma alma perdida, de fato.”

A artista se destacou por sua exploração do erotismo em suas obras, que incluem representações de sexualidade e anatomia feminina. Em "Scylla" (1938), por exemplo, a cena evoca tanto a sexualidade quanto a visão feminina do corpo. Colquhoun também abordou temas de androginia e a união dos gêneros, refletindo sua própria ambiguidade. Sua arte, embora profundamente pessoal, ressoa com questões universais sobre identidade e desejo.

Após se mudar para a Cornualha na década de 1940, Colquhoun se conectou com a herança celta da região, incorporando elementos místicos em suas obras. Ela retratou monumentos antigos e círculos de pedras, explorando a energia desses locais em trabalhos como "Dance of the Nine Opals" (1942). Sua visão de mundo, influenciada pelo Perennialismo, a levou a rejeitar a modernidade em favor de sabedoria ancestral, refletindo uma crítica ao progresso contemporâneo.

Colquhoun faleceu em 1988, deixando seu legado artístico e espiritual para ser preservado. Sua obra, que desafia categorizações, está sendo redescoberta, especialmente com a exposição no Tate St Ives, que destaca sua singularidade e a relevância do ocultismo na arte do século XX. A artista, que nunca buscou fama, permanece uma figura hipnotizante e bizarra, cuja busca por significado continua a fascinar novas gerações.

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