04 de mai 2025
Lucas Arruda faz história com exposição no Museu d'Orsay e dialoga com impressionistas
Lucas Arruda faz história no Museu d'Orsay com sua exposição "Que importa a paisagem", unindo arte contemporânea e impressionista.
Obra da série 'Deserto-Modelo', de Lucas Arruda (Foto: Claire Dorn/Divulgação)
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A exposição do artista brasileiro Lucas Arruda, intitulada "Que importa a paisagem", está em cartaz no Museu d'Orsay, em Paris, até 20 de julho. Esta mostra marca um momento histórico, sendo a primeira de um artista do Hemisfério Sul no museu, além de unir arte contemporânea e impressionista.
Arruda, de 41 anos, apresenta 34 obras que dialogam com os mestres impressionistas, como Monet e Pissarro. As pinturas, que não ultrapassam 30 centímetros de lado, são descritas pelo artista como paisagens que existem apenas em sua mente, mais abstratas que figurativas. Ele destaca a conexão entre suas obras e as preocupações dos impressionistas do século XIX.
A escolha de Arruda para a exposição está ligada ao Ano do Brasil na França, que promove eventos culturais entre os dois países. O comissário do evento, Emilio Kalil, afirma que a mostra abre portas para um Brasil diverso. Além do Museu d'Orsay, Arruda também terá uma retrospectiva em Nîmes, no Carré d'Art, de 30 de setembro a 5 de outubro.
Influências e Temas
O nome da exposição é inspirado no poema "Poema do beco", de Manuel Bandeira, que reflete sobre a percepção da paisagem. Arruda explica que suas obras exploram a luz e a cor, similarmente aos impressionistas, mas com um toque contemporâneo. Ele menciona que suas paisagens são construídas com pinceladas curtas, refletindo uma busca por uma paisagem plácida.
O presidente do Museu d'Orsay, Sylvain Amic, ressalta que a exposição também aborda questões ambientais, destacando a fragilidade dos ecossistemas. Arruda, por sua vez, afirma que suas obras reivindicam uma brasilidade que não se limita a alegorias, mas que reflete a complexidade da luz brasileira.
O Ano do Brasil na França contará com outras exposições de artistas brasileiros, como Ernesto Neto e Anna Maria Maiolino, ampliando a presença da arte brasileira no cenário internacional.
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