Koyo Kouoh, curadora renomada, morre aos 57 anos e deixa legado na arte contemporânea

Koyo Kouoh, renomada curadora nascida em Camarões, faleceu inesperadamente aos 57 anos em um hospital na Suíça. A causa da morte foi um câncer diagnosticado recentemente. Sua morte foi anunciada pela Bienal de Veneza, onde ela havia sido nomeada curadora da edição de 2026, tornando-se a segunda africana a assumir essa posição.

Kouoh era diretora do Zeitz Museum of Contemporary Art Africa (Zeitz MOCAA) em Cape Town, na África do Sul, e era amplamente reconhecida por seu trabalho em promover artistas africanos. A Bienal de Veneza destacou sua paixão, rigor intelectual e visão na concepção da próxima edição, que estava programada para ser apresentada em 20 de maio. A organização expressou que sua partida deixa um vazio imenso no mundo da arte contemporânea.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também lamentou a perda, afirmando que a morte de Kouoh impacta profundamente a comunidade artística. A programação da Bienal segue, mas a organização ainda não se pronunciou sobre como a ausência de Kouoh afetará o evento.

Kouoh nasceu em Douala, Camarões, em 1967, e se mudou para a Suíça aos 13 anos. Após estudar administração e trabalhar como assistente social, ela se dedicou ao mundo da arte, fundando o RAW Material Company em Dakar, Senegal, em 2008. Desde então, tornou-se uma figura central na promoção da arte contemporânea africana, organizando exposições significativas e desafiando as narrativas tradicionais sobre a arte do continente.

Seu trabalho no Zeitz MOCAA foi crucial para revitalizar a instituição, especialmente após um período conturbado. Kouoh organizou exposições aclamadas, como "When We See Us: A Century of Black Figuration in Painting", que continua a ser uma referência no campo da arte contemporânea. A comunidade artística global lamenta sua perda e reconhece seu legado duradouro.