Entretenimento

Roque Boa Morte transforma histórias familiares em arte na exposição "Bembé, a festa dos olhos do rei"

Roque Boa Morte apresenta "Bembé, a festa dos olhos do rei", uma exposição que celebra a cultura afro brasileira e sua ancestralidade.

Roque Boa Morte posa em Salvador com fotografia que compõe a série “Figas — Mãos ancestrais” (Foto: Divulgação / Gilvan Santos)

Roque Boa Morte posa em Salvador com fotografia que compõe a série “Figas — Mãos ancestrais” (Foto: Divulgação / Gilvan Santos)

Ouvir a notícia

Roque Boa Morte transforma histórias familiares em arte na exposição "Bembé, a festa dos olhos do rei" - Roque Boa Morte transforma histórias familiares em arte na exposição "Bembé, a festa dos olhos do rei"

0:000:00

Roque Boa Morte, artista visual, inaugura a exposição fotográfica "Bembé, a festa dos olhos do rei" nesta sexta-feira, durante a 136ª edição do Bembé do Mercado, em Santo Amaro, na Bahia. A mostra, que ficará em cartaz até domingo, explora a cultura do Bembé e reflete sobre a ancestralidade e resistência cultural.

A exposição é resultado da pesquisa de mestrado de Boa Morte em estudos étnicos e africanos na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Composta por trinta e oito fotos de um acervo de nove mil imagens, a mostra é montada ao redor do barracão principal da festa, reconhecida como patrimônio imaterial da Bahia desde 2012 e do Brasil desde 2019. O artista utiliza uma tipografia que dialoga com a estética do evento, simbolizando memória e orgulho.

Boa Morte, que tem raízes profundas na cultura afro-brasileira, se inspirou em sua mãe, Dona Katia, que enfrentou uma gravidez difícil e se dedicou à costura como forma de lidar com a ansiedade. A conexão entre mãe e filho é reforçada pelo uso do crochê em suas obras, simbolizando um cordão umbilical que o liga à sua ancestralidade.

A festa do Bembé, que ocorre desde mil oitocentos e oitenta e nove, reúne mais de sessenta terreiros e uma extensa programação cultural. O ponto alto é o xirê, seguido pelo cortejo e entrega de presentes às orixás Iemanjá e Oxum. Boa Morte destaca a importância da festa, que busca o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, e sua relevância na luta contra a intolerância religiosa.

O artista, que vive em Nova York desde 2023, reflete sobre sua trajetória e a luta por aceitação como um jovem gay. Ele enfatiza que, apesar dos desafios, encontrou apoio em sua comunidade e na arte, que se tornaram ferramentas de resistência e expressão cultural.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela