Masp inaugura exposições sobre a ecologia nas obras de Monet e Krajcberg

A exposição "A Ecologia de Monet" foi inaugurada no Museu de Arte de São Paulo (Masp) nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025. A mostra apresenta trinta e duas obras do renomado impressionista francês Claude Monet, muitas delas inéditas no Hemisfério Sul. A curadoria busca explorar a relação do artista com a natureza e suas implicações ambientais.

A exposição é dividida em cinco núcleos temáticos, que ocupam o primeiro andar do edifício Lina Bo Bardi. Entre as obras, destacam-se as famosas ninfeias, além de paisagens que refletem a transformação ambiental e a modernização da paisagem no século XIX. O curador Fernando Oliva ressalta que Monet teve uma relação única com a luz e a natureza, embora suas práticas hoje possam ser vistas como problemáticas do ponto de vista ecológico.

Monet, que viveu em Giverny, chegou a desviar o curso do rio Epte para criar seu jardim, o que gerou controvérsias na comunidade local. A mostra também destaca como o artista registrou os efeitos da poluição em Londres durante a Revolução Industrial, refletindo um momento em que a ciência começava a estudar a interação humana com o meio ambiente.

A exposição "A Ecologia de Monet" segue até 24 de agosto de 2025, enquanto a mostra "Frans Krajcberg: Reencontrar a Árvore", que apresenta obras do artista polonês radicado no Brasil, ficará em cartaz até 19 de outubro. Krajcberg utiliza elementos naturais para discutir questões ecológicas, contrastando com a abordagem de Monet.

Os ingressos para as exposições variam entre R$ 37 e R$ 75, com entrada gratuita às terças e a partir das 18h às sextas-feiras. O Masp está aberto de terça a domingo, oferecendo uma oportunidade única para o público refletir sobre a arte e a ecologia.