26 de mai 2025

Imagem universal transcende barreiras da alfabetização, afirma Salgado
Sebastião Salgado se despede da fotografia documental após cinco décadas, deixando um legado impactante em questões sociais e ambientais.
Foto:Reprodução
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Sebastião Salgado, renomado fotógrafo e documentalista, anunciou sua aposentadoria da fotografia documental em 2024, após 50 anos de carreira. A decisão foi motivada por sequelas de malária e problemas na coluna, resultantes de um incidente em Moçambique.
O Estadão acompanhou a trajetória de Salgado ao longo de mais de 40 anos, destacando suas exposições e projetos, como "Gênesis". Em uma de suas primeiras entrevistas ao jornal, em setembro de 1983, ele relatou sua transição de economista para fotojornalista, abordando temas como seca e fome na África.
Carreira e Contribuições
Em 1992, o Grupo Estado promoveu um evento inédito onde Salgado apresentou mais de 500 imagens, permitindo a troca de experiências entre fotógrafos brasileiros. A pesquisadora Simonetta Persichetti, em 1996, destacou a visão de Salgado sobre a fotografia como uma linguagem universal, acessível a todos, independentemente da alfabetização.
O projeto "Gênesis", que ocupou oito anos de sua vida, foi finalizado em 2013. Salgado documentou locais onde os laços com a natureza permanecem primordiais. Em entrevistas, ele mencionou o impacto psicológico de suas experiências, especialmente em Ruanda, onde presenciou cenas brutais.
Legado e Reconhecimento
Além de suas exposições, Salgado lançou diversos livros, como "Kwait, Um Deserto em Chamas" em 2016 e "Gold" em 2019, que trouxe imagens do garimpo de Serra Pelada. Em 2021, ele apresentou o projeto Refloresta, focado no reflorestamento de terras herdadas em Minas Gerais.
A aposentadoria de Salgado marca o fim de uma era na fotografia documental. Seu trabalho influenciou gerações e trouxe à luz questões sociais e ambientais, solidificando seu legado como um dos maiores fotógrafos do mundo.
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