Adriana Varejão apresenta obras que exploram identidade e feminismo em exposições internacionais

Adriana Varejão, artista brasileira de 61 anos, apresenta três exposições simultâneas em Lisboa, Atenas e Nova York. A mostra em Nova York, intitulada "Don’t forget we come from the tropics", é sua primeira individual na cidade e ficará em cartaz até 22 de junho. As obras refletem sua conexão com a natureza e a maternidade.

Varejão é reconhecida por sua exploração da identidade racial e cultural no Brasil. Suas obras estão em importantes museus, como o Guggenheim e a Tate Modern. Na nova exposição, a artista exibe novos pratos de cerâmica que misturam pintura e escultura, com a selva amazônica como tema central. A ideia surgiu após uma visita à Hispanic Society, onde se encantou com a coleção de cerâmicas hispânicas.

A artista destaca que a maternidade influenciou seu trabalho, tornando-o mais figurativo e conectado à natureza. Ela menciona a múcura, um opossum amazônico, como símbolo de igualdade entre humanos e animais, refletindo sua própria experiência de maternidade. Varejão também organiza uma exposição em Lisboa, chamada "Between your teeth", que aborda questões feministas e minorias, em colaboração com a artista portuguesa Paula Rego.

A artista acredita que seu trabalho pode contribuir para a mudança de percepção no mundo. Em Atenas, ela apresenta cerâmicas de diferentes tradições, mostrando como culturas diversas podem se enriquecer mutuamente. Varejão também se envolve em ações sociais, promovendo uma subasta para arrecadar fundos para instituições que trabalham com arte e inclusão social.