20 de jun 2025

Takashi Murakami revela seu lado sério em nova exposição artística
Takashi Murakami provoca debate sobre apropriação cultural em sua nova exposição na Gagosian New York, disponível até 11 de julho.

Vista da exposição de Takashi Murakami "JAPONISME → Cognitive Revolution: Learning from Hiroshige," 2025, na Gagosian, Nova York. (Foto: Kei Okano. Cortesia do artista e Gagosian. ©Takashi Murakami/Kaikai Kiki Co., Ltd.)
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Takashi Murakami, artista japonês renomado, apresenta sua nova exposição "JAPONISME → Cognitive Revolution: Learning from Hiroshige" na Gagosian New York, disponível até 11 de julho. A mostra investiga a relação entre a arte japonesa e a europeia, questionando a apropriação cultural por meio de obras que reinterpretam artistas como Monet e Hiroshige.
Na peça "Claude Monet’s Water Lily Pond And Me, Submerged in the Pond Like Gollum" (2025), Murakami utiliza sua técnica de serigrafia, criando uma cópia que, à distância, pode enganar os visitantes. O artista, que possui um PhD em pintura japonesa tradicional, demonstra seu conhecimento sobre a história da arte, equilibrando sua imagem de celebridade com a profundidade de seu trabalho.
A exposição destaca a série "100 Famous Views of Edo" de Hiroshige, que Murakami reinterpretou em grandes telas imersivas, adicionando elementos como glitter e personagens característicos. O artista considera a cópia uma forma de reverência, buscando entender seu lugar na história da arte. Em entrevista à ARTnews, ele afirmou que "talvez eu não estivesse fora da história — apenas não havia visto como o fio se conectava".
Apropriação Cultural
Murakami também aborda a questão da apropriação cultural, refletindo sobre quem tem o direito de copiar quem. A obra "La Japonaise" (2025) faz alusão ao retrato de Camille Monet, questionando a identidade e a forma como culturas são consumidas. O artista insere sua assinatura em latim, sugerindo uma recuperação, mas também reconhecendo a origem do empréstimo.
Além disso, Murakami inclui elementos contemporâneos, como UFOs, em suas obras, provocando reflexões sobre a aceitação de culturas diferentes. Essa abordagem contrasta com exposições como "Monstrous Beauty" no Metropolitan Museum of Art, que examina as consequências da apropriação cultural, especialmente em relação a corpos femininos asiáticos. A nova exposição de Murakami, portanto, não apenas celebra a arte, mas também provoca um debate sobre identidade e pertencimento na era moderna.
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