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Regina José Galindo inaugura exposição individual premiada no Rio de Janeiro

Regina José Galindo critica a democracia em performance impactante no Rio, refletindo sobre a opressão na Guatemala e no mundo.

A performance 'Primavera democrática' apresentada a Praça da Harmonia, no Rio (Foto: Daniel Ramalho)

A performance 'Primavera democrática' apresentada a Praça da Harmonia, no Rio (Foto: Daniel Ramalho)

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Regina José Galindo, artista guatemalteca reconhecida por suas performances impactantes, apresentou a obra "Primavera democrática" no último dia 3, na Praça da Harmonia, no Rio de Janeiro. Durante a ação, a artista se deitou nua cercada por 200 buquês de flores, simbolizando a crítica à democracia na Guatemala e em outras partes do mundo.

A performance durou cerca de uma hora, com Regina permanecendo imóvel por 20 minutos após ser cercada pelas flores. Essa obra inédita é parte da exposição homônima em cartaz na galeria Portas Vilaseca, em Botafogo, até 26 de julho. É a primeira vez que o Rio recebe uma individual da artista, que já foi premiada com um Leão de Ouro na 51ª Bienal de Veneza.

Regina destaca que a "Primavera democrática" denuncia a ideia de que a democracia já nasceu morta na Guatemala. Ela enfatiza que a liberdade é ilusória quando a vida cotidiana é marcada por violências, especialmente contra as mulheres. A artista, que cresceu em meio à guerra civil guatemalteca, traz memórias de um ambiente militarizado e da naturalização da barbárie.

Temas Universais

A artista utiliza a performance como meio de expressar suas vivências e críticas sociais. Desde o final dos anos 1990, Regina tem se dedicado a abordar temas como violências, regimes antidemocráticos e questões climáticas. A curadora da mostra, Daniela Labra, ressalta que Regina dá continuidade ao trabalho de artistas latino-americanos com forte teor político.

Regina já enfrentou diversas provações físicas em suas performances, como em "Perra", onde escreveu a palavra que dá título à obra em sua própria perna, e em "La siesta", que abordou a violência contra mulheres. A artista afirma que suas obras não têm relação com masoquismo, mas sim com a denúncia de sistemas de poder.

Conexões Artísticas

Durante sua passagem pelo Rio, Regina se conectou com a artista brasileira Panmela Castro, que a retratou em uma tela. Ambas compartilham preocupações semelhantes em suas obras, que dialogam com questões universais. Regina acredita que, em tempos de crise global, os artistas devem se posicionar e lutar por mudanças, afirmando que a arte pode ser um bastião de resistência.

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