Mural de Banksy provoca disputa judicial entre clube e ex-colaborador

Um mural de Banksy, intitulado Yellow Lines Flower Painter, está no centro de uma disputa legal após ser removido do Bethnal Green Working Man’s Club, em Londres. O clube alega que a obra foi retirada e vendida ilegalmente nos Estados Unidos. Atualmente, o mural está em Colorado e avaliado em $750.000.

Os curadores do clube processaram um funcionário, Warren Dent, e outros envolvidos na transação. De acordo com o Financial Times, o ex-contador do clube afirmou que o secretário, Stephen Smorthit, autorizou a venda do mural a Dent por £20.000 (aproximadamente $27.000) em 2019. O restaurador de arte, Chris Bull, foi contratado para remover a obra, que havia sido vandalizada.

Após a remoção, Bull emprestou o mural para uma galeria em Aspen, Colorado, para uma exposição em março do ano passado. Ele afirmou que Dent e três membros do clube concordaram com o empréstimo. Antes de ser enviado aos EUA, o mural foi segurado por cerca de $750.000.

No entanto, os curadores do clube, Paul Le Masurier, Alan Milliner e Kerry Smorthit, alegam que não houve autorização para a venda e buscam a devolução da obra. Eles afirmam que Dent não possui direitos sobre o mural. Bull e sua empresa, Fine Art Restoration, planejam contestar a ação judicial, afirmando que estão dispostos a devolver a obra se solicitado.

A situação levanta questões sobre a propriedade e o valor das obras de Banksy, que não emite certificados de autenticidade para seus murais, dificultando a avaliação de suas obras de arte.