01 de jul 2025

Exposição no Rio apresenta obras inéditas de Djanira e arte de Procópio Ferreira
Exposição na Pinakotheke Cultural revela 50 obras inéditas de Djanira e destaca sua trajetória no modernismo brasileiro.

Foto: Reprodução
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Djanira da Motta e Silva, artista modernista brasileira, ganha destaque com a exposição "Djanira — 110 anos", em cartaz na Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro. A mostra reúne 50 obras inéditas, incluindo retratos e temas relacionados à religiosidade e ao cotidiano da artista.
Nos últimos anos, o reconhecimento de Djanira tem crescido, com exposições como “A memória de seu povo” e “Djanira, um panorama da Coleção Museu Nacional de Belas Artes”. Sua presença em eventos internacionais, como a 60ª Bienal de Veneza, também contribui para sua valorização. A nova exposição, que faz parte de um projeto de catalogação e digitalização de sua obra, foi organizada pelo Instituto Pintora Djanira, sob a direção de Eduardo Taulois, sobrinho da artista.
Cerca de 80% das obras expostas são inéditas, surpreendendo até especialistas. Os curadores Max Perlingeiro e Fernanda Lopes selecionaram obras que refletem a diversidade temática da produção de Djanira, como religiosidade, trabalho e paisagens brasileiras. Entre os destaques estão retratos de seu segundo marido, José Shaw da Motta e Silva, e obras como "Índia Canela" e "Bumba meu boi".
A Importância da Exposição
A curadora Fernanda Lopes ressalta que a exposição não apenas traz à tona a obra de Djanira, mas também sua voz, através de áudios de depoimentos feitos em 1967. Esses registros complementam a experiência do público, revelando o processo criativo da artista. Lopes destaca que Djanira, uma mulher de origem humilde, enfrentou um apagamento histórico, sendo muitas vezes rotulada de primitiva, apesar de sua modernidade.
A relevância da artista se conecta com questões contemporâneas, refletindo sua origem na classe trabalhadora e sua visão única sobre o Brasil. Djanira, que optou por estudar no Liceu de Artes e Ofícios, encontrou uma forma distinta de abordar a arte brasileira, diferenciando-se de outros modernistas como Tarsila do Amaral e Portinari. A exposição "Djanira — 110 anos" é, portanto, um passo importante para o reconhecimento de sua contribuição ao modernismo brasileiro.
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