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Polifônica Cia. celebra 10 anos com peças de Roberto Bolaño e Édouard Louis

A Polifônica Cia. estreia "Deserto" em São Paulo e mantém "Eddy" no Rio, celebrando uma década de inovações teatrais.

Atores Julia Lund, Igor Fortunato e João Côrtes (Foto: Renato Pagliacci/Divulgação)

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A Polifônica Cia. celebra uma década de atividades com a estreia de "Deserto" em São Paulo, marcada para 18 de julho de 2025, e a continuidade de "Eddy — Violência & Metamorfose" no Rio de Janeiro. O grupo, fundado em 2015 pelo diretor Luiz Felipe Reis e a atriz Julia Lund, é reconhecido por suas adaptações inovadoras de obras literárias contemporâneas, especialmente as de Roberto Bolaño.

A nova produção, "Deserto", explora a obra de Bolaño de forma não linear, criando um mosaico cênico que mistura escritor e personagem. A encenação utiliza monólogos fragmentados, projeções de texto e movimentos em slow motion, refletindo a estética do autor chileno. O espetáculo já recebeu três indicações ao prêmio APTR e uma ao prêmio Shell, evidenciando sua relevância no cenário teatral.

"Eddy — Violência & Metamorfose", em cartaz no Teatro Poeira, também aborda a violência, um tema central na pesquisa da companhia. Com atuações de João Côrtes, Julia Lund e Igor Fortunato, a peça dialoga com montagens anteriores, como "Amor em Dois Atos" e "Tudo que Brilha no Escuro". A Polifônica busca criar um espaço onde a literatura e o teatro se encontrem em pé de igualdade.

Luiz Felipe Reis destaca que o projeto "Deserto" nasceu do fascínio pela obra de Bolaño, especialmente por "Os Detetives Selvagens" e "2666". O diretor menciona a tensão entre criação e destruição como um tema central. O ator Renato Livera, protagonista da peça, enfatiza a importância de refletir sobre a condição humana e a ressignificação da vida através da arte.

A encenação radicaliza a ambiguidade da obra de Bolaño, utilizando recursos visuais e sonoros que questionam a autoria. A interação entre o ator e sua imagem filmada ao vivo exemplifica essa construção. A linguagem visual do espetáculo dialoga com o cinema, refletindo a obsessão de Bolaño por dispositivos de registro.

A Polifônica já planeja "Banzeiro", uma adaptação do livro de Eliane Brum, prevista para 2026. O grupo continua a prosperar no cenário cultural brasileiro, mantendo viva a pergunta sobre como transformar grandes narrativas em experiências cênicas relevantes para o presente.

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