08 de jul 2025
Entenda a nova febre dos livros de colorir que está dominando redes e livrarias
Com traços delicados e cenários acolhedores, publicações como *Bobbie Goods* e *Cozy Friends* lideram as vendas e conquistam adultos em busca de bem estar, criatividade e menos telas

Bobbie Goods do Portal Tela. (Imagem: Portal Tela)
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Os livros de colorir voltaram a ser protagonistas no mercado editorial brasileiro — e não é só entre crianças. Na Bienal do Livro do Rio 2025, que vai até o dia 22 no Riocentro, títulos como Bobbie Goods se repetem entre sacolas, filas e posts nas redes sociais. Publicado pela HarperCollins, o livro já vendeu quase 2 milhões de exemplares no Brasil em menos de um ano, superando inclusive o desempenho nos Estados Unidos.
Mais buscado que Anitta e Neymar
Segundo Daniela Kfuri, diretora de marketing da editora, Bobbie Goods é hoje mais pesquisado no Brasil do que nomes como Anitta ou Neymar. Criado pela ilustradora norte-americana Abbie “Bobbie” Goveia, o livro aposta em contornos grandes, traços retrô e cenas acolhedoras — como piqueniques, confeitarias e animais fofos — que estimulam a criatividade de um público majoritariamente adulto.
Arte como refúgio e bem-estar
Esse retorno acontece uma década após o sucesso de Jardim Secreto, e mostra como a arte de colorir evoluiu: agora, é aliada do bem-estar, do foco e, em alguns casos, até da profissionalização.
A nova onda também impulsiona talentos nacionais, como Lucas Medeiros (@coresdolucas), criador de Jardim Mágico, e Guilherme Karsten (@guikarsten), autor de Capí, a Capivara Aventureira. Ambos exploram temas brasileiros e se destacam em um segmento cada vez mais diverso.
O fenômeno Cozy Friends e a comunidade online
Outro fenômeno é Cozy Friends, da editora independente Coco Wyo, que viralizou no TikTok com suas ilustrações feitas à mão: um sapo de óculos na praia, um hipopótamo tomando sorvete, uma lontra preparando chá. O livro, com 40 páginas, deu origem a uma comunidade apaixonada que troca técnicas e efeitos para dar vida às páginas — um reflexo de como o colorir deixou de ser passatempo infantil e se tornou expressão criativa de uma geração em busca de refúgio visual.
De acordo com o PublishNews, nove dos 20 livros mais vendidos em maio são de colorir. Uma tendência que — ao que tudo indica — veio para ficar.
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