Corpo de Léo Batista é sepultado em Cordeirópolis após despedida emocionante

Familiares, amigos e fãs se reuniram na tarde desta terça-feira para se despedir de Léo Batista, um dos ícones do jornalismo brasileiro, que foi sepultado em Cordeirópolis, sua cidade natal, no interior de São Paulo. A cerimônia teve início às 15h no Cemitério Municipal, após o jornalista falecer no último domingo, aos 92 anos, devido a um tumor no pâncreas, diagnosticado enquanto estava internado no Rio de Janeiro. A Prefeitura local decretou luto oficial de três dias.

O corpo de Léo Batista foi velado na sede do Botafogo, no Rio, em uma cerimônia aberta ao público na tarde de segunda-feira. Cyriaco Hespanhol, amigo de infância, recordou com carinho os bilhetes que Léo deixava quando visitava Cordeirópolis, ressaltando a admiração que todos tinham por ele. Nascido João Baptista Belinaso Neto em 22 de julho de 1932, Léo começou sua carreira na década de 1940, após ser aprovado em um concurso para locutor do serviço de alto-falante da cidade.

Léo se destacou inicialmente em Piracicaba, onde trabalhou em uma rádio local e ganhou notoriedade ao narrar a final da Copa do Mundo de 1950, embora tenha enfrentado problemas técnicos que o impediram de transmitir o jogo. Em 1955, ele migrou para a televisão, sendo contratado pela TV Rio, e se tornou um nome conhecido na cobertura esportiva. Ulysses Michin, locutor, lembrou da educação e simpatia de Léo ao ajudar colegas em momentos difíceis.

Ao longo de mais de 70 anos de carreira, Léo Batista foi uma voz marcante em momentos históricos, como a morte de Getúlio Vargas, e trabalhou em quase todos os telejornais da TV Globo, onde permaneceu por 55 anos. Ele foi o primeiro apresentador do Globo Esporte, estreando em 1978 com a conquista do título brasileiro pelo Guarani, consolidando sua importância na história do jornalismo esportivo no Brasil.