Rami Malek relembra experiências de preconceito racial na juventude em Los Angeles

Rami Malek, de 43 anos, compartilha suas experiências como egípcio-americano no sul da Califórnia, onde cresceu com seu irmão gêmeo Sami e sua irmã Yasmine em Sherman Oaks, nos anos 1990. Os pais de Malek emigraram do Cairo para os Estados Unidos em 1978. Em entrevista ao The Guardian, ele mencionou sua percepção de ser visto como “white passing” (pessoa vista como branca), mas com traços que o destacavam, o que gerou uma consciência aguçada sobre como era tratado.

O ator relembrou um incidente em que foi detido pela polícia de Los Angeles, após um assalto a uma loja de bebidas. Ele foi confundido com o ladrão, que era descrito como de “descendência latina”. Seu amigo, um caucasiano, interveio, esclarecendo que Malek era egípcio. “Lembro-me de rir no carro da polícia, pensando: ‘OK, esta é uma situação muito delicada’”, contou. Ele também mencionou que seu nome completo, Rami Said Malek, ainda pode gerar alertas de segurança durante viagens.

Com o aumento de sua fama, especialmente após interpretar Freddie Mercury em "Bohemian Rhapsody", pelo qual ganhou o Oscar de melhor ator em 2019, Malek observa que essas situações de confusão diminuíram. “Pode haver um momento. Depois, eles dizem: ‘Não, esse é o cara de Bohemian Rhapsody. Deixem-no passar’”, afirmou. Além de seu papel icônico, ele é conhecido por "Mr. Robot" e por ser o vilão em "007: Sem Tempo para Morrer".

Malek está prestes a estrelar a nova adaptação teatral da tragédia "Édipo", de Sófocles, sob a direção de Ella Hickson, no teatro Old Vic, em Londres. A estreia está marcada para 21 de janeiro, marcando mais um passo em sua carreira diversificada e reconhecida internacionalmente.