24 de fev 2025
A estética do ‘Mar-a-Lago’ se torna tendência entre os aliados de Donald Trump
O conceito de "Mar a Lago face" reflete procedimentos estéticos extremos em aliados de Trump. A estética uniforme de Trump se intensificou, desafiando normas tradicionais de beleza. A mudança para Mar a Lago simboliza uma estratégia política e estética, afastando se de Nova York. A polarização política atual influencia a busca por uma estética artificial entre apoiadores. A estética exagerada é vista como uma forma de identidade coletiva dentro do trumpismo.
Kimberly Guilfoyle, fotografada na convenção republicana de 2024. (Foto: Getty Images)
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Durante seu primeiro mandato, a estética que cercava Donald Trump era marcada por um padrão uniforme, com mulheres apresentando cabelos volumosos, extensões de cílios e silhuetas esguias. Essa estética evoluiu para o que é conhecido como "Mar-a-Lago face", um termo que se refere a procedimentos estéticos exagerados, como Botox e preenchimentos faciais, que se tornaram populares entre os associados de Trump. Segundo Joan López Alegre, professor de comunicação, a mudança de Nova York para Mar-a-Lago, na Flórida, não foi apenas estética, mas também política, visando um eleitorado mais favorável.
As redes sociais desempenharam um papel crucial na popularização dessa nova estética, mostrando transformações de figuras como Lara Trump e Kimberly Guilfoyle. O jornalista Julian Sancton observa que essa aparência exagerada reflete uma ruptura com as normas tradicionais de Washington, sugerindo que a estética do Trumpismo é uma forma de movimento contracultural. Joan Callarissa, especialista em moda, argumenta que essa estética artificial é uma forma de negação da realidade, onde a aparência se torna um símbolo de pertencimento a um grupo.
A busca por essa estética também é impulsionada por um desejo de aceitação social, como exemplificado por Amanda Till, que gastou entre R$ 250 mil e R$ 300 mil em procedimentos estéticos. A ideia de que a aparência artificial é uma forma de eugenia estética é discutida por Santiago Martinez Magdalena, que aponta que a beleza cirúrgica se torna um padrão normativo, refletindo uma hierarquia social que ainda persiste. Essa pressão estética é especialmente forte entre mulheres, que enfrentam expectativas sociais rigorosas em relação à aparência.
Por fim, a polarização política atual permite que mudanças estéticas radicais sejam aceitas, como observa Toni Aira, que destaca que a credibilidade política não é mais tão afetada por transformações visíveis. Aira sugere que a estética radical de Trump, incluindo seu famoso tom de pele, se alinha com uma filosofia de mudança extrema. Callarissa conclui que, em um ambiente onde o pensamento crítico é desconsiderado, a homogeneização estética se torna inevitável, refletindo a dinâmica tribal que caracteriza o apoio a Trump.
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