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Uketsu, autor japonês anônimo, conquista Brasil com seu best-seller "Casas Estranhas"

Mistério e sucesso marcam a estreia de Uketsu no Brasil com "Casas Estranhas", enquanto sua identidade permanece um enigma.

ENIGMÁTICO - O japonês Uketsu: do YouTube para os livros, autor virou êxito mundial sob disfarce pitoresco (Foto: Eugene Hoshiko/AP Photo/Imageplus)

ENIGMÁTICO - O japonês Uketsu: do YouTube para os livros, autor virou êxito mundial sob disfarce pitoresco (Foto: Eugene Hoshiko/AP Photo/Imageplus)

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O youtuber japonês Uketsu lançou seu primeiro livro no Brasil, intitulado "Casas Estranhas". O autor, que ganhou notoriedade em 2020 com uma história de mistério, mantém sua identidade em segredo, conhecida apenas por cerca de trinta pessoas. O sucesso de suas obras, que já venderam três milhões de cópias em todo o mundo, reflete um fenômeno literário no Japão.

Uketsu se destacou inicialmente no YouTube, onde publicou vídeos de mistério e ocultismo. Sua narrativa envolvente o levou a se tornar um dos autores mais vendidos no Japão, com três de seus livros figurando entre os dez mais vendidos em 2024. O nome Uketsu, que significa "buraco" e "chuva" em japonês, foi escolhido por sua afinidade com personagens que escondem suas identidades.

Anonimato e Sucesso

O autor acredita que o mistério em torno de sua identidade contribui para sua popularidade. Em entrevista, ele afirmou que o anonimato proporciona liberdade em sua vida cotidiana, embora também traga um sentimento de culpa por não revelar seu verdadeiro eu. Uketsu expressou gratidão pelo sucesso e mencionou seu desejo de visitar o túmulo de Ayrton Senna no Brasil.

Em "Casas Estranhas", um casal busca entender os segredos de uma casa assombrada com a ajuda de um escritor e um arquiteto. A obra aborda temas como crimes violentos e traumas de infância, frequentemente com protagonistas femininas. A escrita de Uketsu é descrita como acessível e enigmática, atraindo leitores de diversas partes do mundo.

O fenômeno Uketsu se junta a uma tradição literária de autores que optam por pseudônimos, como a italiana Elena Ferrante. O sucesso de ambos demonstra que o anonimato pode ser uma estratégia eficaz de marketing, permitindo que os escritores desfrutem de seus trabalhos sem a pressão da fama.

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