Madonna e Lady Gaga exploram a estética católica em suas performances e músicas

Lady Gaga e Madonna têm uma longa trajetória de performances marcantes, incluindo shows no Rio de Janeiro. Ambas possuem raízes católicas que influenciam suas carreiras. Recentemente, foi anunciado o novo papa, Leão 14º, e sua postura sobre sexualidade e culpa na Igreja Católica ainda é incerta.

As duas artistas, além de suas apresentações históricas, compartilham descendência italiana e uma educação católica. Apesar das excomunhões de Madonna e da possível excomunhão de Gaga, a religião moldou suas abordagens sobre sexualidade no pop. Ambas utilizam símbolos católicos em suas obras, como cruzes e vitrais, refletindo uma estética que mistura o sagrado e o profano.

Madonna, por exemplo, gerou polêmica com o clipe de "Like a Prayer", onde dançou em frente a cruzes em chamas. A canção aborda temas de devoção e desejo, utilizando a simbologia católica de forma provocativa. Lady Gaga, por sua vez, em "Judas", explora a culpa e a devoção, fazendo referência à traição de Jesus Cristo. Suas letras evocam uma mistura de desejo e arrependimento, conectando-se à tradição católica.

Enquanto Gaga e Madonna expressam sexualidade através de suas performances, a Igreja Católica, em sua maioria, tem promovido uma repressão ao sexo. Historicamente, papas como Gregório 1º viam o ato sexual como algo sujo, enquanto outros, como João Paulo 2º, consideravam-no uma expressão do amor conjugal. No entanto, nenhum deles defendeu a liberdade sexual plena.

Com a chegada de Leão 14º, a expectativa sobre sua abordagem em relação à sexualidade e à culpa permanece. A relação entre a Igreja e a sexualidade continua a ser um tema controverso. As vestes do novo papa e do clero lembram a estética dos clipes de Gaga e Madonna, refletindo a intersecção entre religião e cultura pop.