Morre aos 92 anos herdeiro da MAC, pioneiro como influenciador da beleza

Cerca de 25 anos atrás, Leonard Lauder, magnata da beleza e CEO da Estée Lauder, teve uma epifania após o 11 de setembro. Ele percebeu que, em tempos de crise, as vendas de batom aumentavam, levando à criação do "índice do batom", um indicador econômico que reflete a busca por pequenos luxos em momentos difíceis. Lauder faleceu no último sábado, aos 92 anos, deixando um legado inestimável na indústria de cosméticos.

Lauder foi um pioneiro, reconhecido como mentor e herói por muitos. "O negócio de beleza de prestígio moderno simplesmente não existiria em sua forma atual sem Lauder", afirmou John Demsey, ex-presidente da MAC Cosmetics. Ele transformou a Estée Lauder em um conglomerado de luxo, antecipando tendências e abraçando a diversidade e a autoexpressão.

Entre suas inovações, destaca-se a fundação da Clinique, em parceria com a editora de beleza da Vogue, Carol Phillips, e o dermatologista Norman Orentreich. Essa iniciativa marcou o início de um movimento em direção à credibilidade dermatológica na beleza. Lauder também reconheceu o potencial da MAC Cosmetics, que começou como uma marca para maquiadores e se tornou um ícone de diversidade.

Após deixar o cargo de presidente do conselho, Lauder se autodenominou "diretor de ensino", promovendo seminários para funcionários com os "Dez Compromissos". Um deles enfatizava a importância de não desistir de boas ideias. "Quase metade do conjunto global de talentos deste setor passou pela empresa", destacou Demsey, ressaltando a influência duradoura de Lauder na indústria.